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Familiares de homem baleado e cortado com espada homenageiam policial que salvou a vida dele, em Vilhena

“A gente nunca ajuda as pessoas esperando nada em troca, mas eu fiquei feliz com o reconhecimento”

Uma cena surpreendeu os frequentadores de um restaurante na região central de Vilhena nesta terça-feira, 27: à paisana, uma cabo da Polícia Militar foi homenageada pela família de um homem que havia sido atacado a tiros e cortes, e cuja vida ela conseguiu salvar.

A militar que teve sua bravura reconhecida através de uma cesta com chocolates, um ursinho e uma rosa é Carolinne Ferreira Bueno Fiori, que tem 33 anos, seis deles servindo a corporação. No dia do fato que lhe rendeu o reconhecimento, a “Cabo Carol” estava acompanhada dos colegas Evandro da Silva e Marcelo Júnior (sargentos) e Huelito Almeida (também cabo).

A guarnição estava atendendo uma ocorrência no bairro Cristo Rei, quando ouviu pelo rádio a informação sobre uma tentativa de homicídio na Cohab, a vários quilômetros de distância. Com a experiência de quem sabe definir prioridades, a equipe seguiu de sirene giroflex ligados para o local indicado na chamada de emergência.

Ao chegarem na cena do crime, os policiais encontraram caído e sangrando muito, um comerciante de 59 anos, que havia sido atacado a tiros e golpes de uma espada japonesa conhecida como “Katana”. O autor da tentativa de assassinato teve a prisão decretada e se apresentou na Unisp (CONFIRA AQUI).

A vítima da agressão realmente não morreu porque, além de ser treinada para aquela situação, Carolinne havia levado para o trabalho o torniquete que usou para estancar a hemorragia que levaria o homem ferido a óbito em poucos minutos, conforme disseram os Bombeiros, ao chegarem depois para resgatar o ferido.

“Enquanto o comandante e eu perguntávamos as testemunhas o que havia acontecido, se alguém o conhecia, o sargento Moraes, que também faz parte da equipe, chegou bem próximo do senhor atacado e viu que ele tinha um corte muito profundo no braço. Ao tentar conversar com ele, percebeu que aos poucos o homem estava cada vez mais fraco, então me chamou lá perto e me mostrou o ferimento. Aparentemente uma das veias havia sido rompida. Como eu havia feito o curso de CINOTECNIA no final do ano passado e uma das matérias do curso foi APH de combate (Atendimento pré hospitalar), carrego um torniquete para casos de emergência. Coincidentemente, nessas situações o torniquete tático pode ser usado para estancar o sangue e conter a hemorragia até a chegada ao hospital. Consegui efetuar o procedimento da forma correta até a chegada dos bombeiros que o conduziram para o hospital”, lembra a policial, que comprou o equipamento “salvador” com o próprio dinheiro, já que o Estado não o fornece.

Ao lembrar a importância de receber o apoio dos colegas de farda, Carolinne disse que eles costumam se confraternizar quando não estão de plantão, e aproveitam esses momentos para esquecer a tensão das jornadas, muitas vezes marcadas por ações cheias de adrenalina.

Quanto ao reconhecimento, dos irmãos e das filhas do homem baleado e cortado, e que continua em recuperação, a jovem é modesta: “a gente nunca ajuda as pessoas esperando nada em troca, mas eu fiquei feliz com o reconhecimento não apenas do meu trabalho, mas de todos os policiais do 3º Batalhão”.

Os autores da homenagem, aliás, fizeram questão de explicar que, embora Carol tenha sido presenteada, a gratidão dos familiares do homem que foi salvo da morte se estende a toda a guarnição que atuou no caso. Também lembraram da ação importante e eficiente do Corpo de Bombeiros no resgate do parente.

Fonte: Folha do Sul Online

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