Polícia Ambiental de Vilhena embarga obra de fabricação de tanques para peixe realizados pela SEMAGRI sem licenças
Diante dos fatos, o chacareiro foi atuado por crimes ambientais
A Polícia Ambiental de Vilhena embargou uma fabricação de tanques para criação de peixes que estava sendo realizada em uma propriedade particular localizada na Linha 135, às margens do rio Piracolino, através de um projeto da Secretaria Municipal de Agricultura (SEMAGRI).
De acordo com o registro da ocorrência, quando se depararam com a construção dos tanques, que estavam sendo escavados com uma retroescavadeira de propriedade da SEMAGRI.
Como o operador da máquina já havia escavado dois e feito um bosque na mata ciliar do rio Piracolino, colocando contenções de pneus, a fim de construir uma área de lazer, os militares solicitaram a documentação necessária para tal ato.
O proprietário da chácara afirmou ter entrado em contato por telefone com a engenheira responsável pelo projeto, Micaela Bolsoni, pois a licença estaria em posse da dela.
Em contato novamente com o operador da máquina, este alegou ao militares que, de fato, as licenças foram apresentadas na Semagri, e o secretário de Agricultura, Jair Dornelas, o liberou para realizar o serviço, através de um projeto da própria unidade, denominado “Porteira Dentro”.
Após a confecção de ato infracional, o proprietário da chácara foi informado de que deveria apresentar as licenças no quartel da Polícia Militar Ambiental, em dia e horas estipulados, porém, este compareceu alegando que de fato não possuía licença nem para a construção dos tanques, tampouco para a alteração da mata ciliar.
O proprietário da chácara alegou ainda que, após a apresentação do projeto junto a Secretaria Municipal do Meio Ambiente n(SEMMA), os técnicos não realizaram a vistoria, porém, acreditou que somente com a apresentação do projeto já poderia dar início à fabricação dos tanques.
Diante dos fatos, o chacareiro foi atuado por crimes ambientais na forma da lei, já que o local onde estavam sendo executas as obras é Área de Proteção Permanente (APP), e o caso foi registrado na Delegacia da Polícia Civil de Vilhena.
A reportagem do site procurou o titular da Semagri, Jair Dornelas, para saber como a fabricação dos tanques havia sido liberada sem a apresentação de licença ambiental, e ele informou que as máquinas estão na área através do projeto acima citado, atendendo a vários produtores, e que a apresentação dos documentos é de responsabilidade do produtor e da engenheira.
A reportagem do site também tentou contato com a engenheira Micaela, mas o telefone caiu na caixa de mensagem. A versão de todos os envolvidos no episódio será publicada tão logo eles se manifestem.
https://youtu.be/PptkFD3om1E
Fonte: Folha do Sul