Marginal que matou irmãos vilhenenses em fazenda de Comodoro filmou corpos e bebeu cerveja após o crime
“Em vez de chorar a minha mãe, vai chorar a mãe deles”, disse assassino, segundo relato de testemunha
Dois áudios e um vídeo mostrando os dois rapazes, que eram irmãos e foram assassinados na madrugada de domingo, 12 de Novembro, na Gleba Macuquinho, em Comodoro (MT), revelam que os autores do crime agiram com frieza e crueldade muito maiores do que se imaginava. (Veja)
O jornal revelou a motivação do duplo homicídio, que seria uma discussão por causa de “cadeiras de praia” que os dois jovens haviam levado para a festa na comunidade e que tinham sido ocupadas por uma criança e pela esposa de um dos assassinos, identificado como “Barba”.
A voz que aparece no áudio é de um morador da localidade, que revela atuar no transporte escolar. Ele confirma a versão do site, contando que tudo começou quando os rapazes pediram as cadeiras que haviam levado, pois ambos estavam indo embora do evento.
Além de xingar os dois irmãos, a mulher jogou as cadeiras no chão e, neste momento, chegou o marido dela, que também destratou os rapazes.
Os jovens foram embora e a testemunha foi chamada para apaziguar a situação. Segundo conta, a mulher pivô do crime disse que havia pedido desculpas aos rapazes.
Os jovens foram para a casa de uma amiga, onde ficariam até o dia seguinte, mas como ela já estava dormindo, eles voltaram para pernoitar na casa de um amigo da família, identificado como “Zezão”.
Ao ver os irmãos de volta, o homem conhecido como “Barba”, que mora na Gleba, teria dito à testemunha que eles haviam retornado depois de buscarem armas na casa da tal amiga. “Em vez de chorar a minha mãe, vai chorar a mãe deles”, teria dito o autor do duplo homicídio.
A mesma testemunha diz que argumentou com o homem que os rapazes eram humildes. “Esses meninos não são de briga, são educados. Pare com isso”, disse o morador, que depois foi atender as pessoas que estavam na festa.
Os dois rapazes saíram novamente da festa juntos com o amigo da família, na casa do qual iriam dormir, e “Barba” teria ido atrás deles, retornando para a festa cerca de 40 minutos depois contando o que tinha feito, segundo o relato gravado pelo autor do áudio.
Ao voltar, Barba disse ao morador: “não falei pra você que o negócio ia dar merda?” Em seguida, ele revela ter matado os dois irmãos, versão confirmada por um comparsa, identificado como “Daniel”, e que teria disparado: “nós matamos mesmo”. Este participante do crime teria fugido depois para a cidade de Colorado do Oeste.
O caso está sendo investigado pela Delegacia da Polícia Civil de Comodoro, mas nenhum dos dois acusados foi preso até o momento.
Na maior frieza, os assassinos pediram cervejas e continuaram bebendo na festa, mesmo tendo deixado os dois corpos para trás, poucos instantes antes.
O matador, inclusive, queria exibir para a testemunha um vídeo gravado em seu celular, mostrando os dois garotos ensanguentados, e que teria sido gravado por ele mesmo, junto com o outro envolvido nas mortes.
A testemunha não quis ver as imagens, que são realmente chocantes, já que ambas as vítimas teriam sido obrigadas a se deitarem na garagem da casa do amigo que os acolhia e executadas ali mesmo, sem a menor chance de defesa.
Segundo informações não oficiais, um dos irmãos foi executado de bruços, com um tiro a queima-roupa na nuca, enquanto o outro foi esfaqueado, o que explica o intenso sangramento mostrado no vídeo e que não será publicado por este site, embora já tenha viralizado em grupos no WhatsApp.
CORPOS JÁ CHEGARAM
Segundo um parente dos dois rapazes, os corpos deles foram buscados na cidade de Pontes e Lacerda (MT), onde foi realizada a necropsia, e chegaram em Vilhena nesta madrugada. O velório duplo será feito hoje na Capela Mortuária.
O entrevistado contou ao jornal que, além de uma marca de bala na nuca, o cadáver de Daniel Machado Santos, de 20 anos, apresentava sete perdurações de faca, desferidas nas costas. O parente disse que não teve coragem de olhar o corpo da outra vítima, Josué Machado Santos, de 19 anos.
Fonte: Folha do Sul Online