Policial

Frustrada tentativa de homicídio no Embratel pode ter sido pivô de chacina ontem em Vilhena, casal não tinha passagens

Matheus e Kamyla eram os únicos que não tinham passagens pela polícia e podem ter morrido por tabela

Quatro pessoas foram alvejadas na noite de terça-feira, 26 de Abril, na linha 140, próximo do balneário do seu Zé Cordeiro, na estrada próximo a ponte do Carlito, área rural de Vilhena.  (veja) (veja) (veja)

O único sobrevivente do ataque, alvejado na mão e identificado como Rogério Soares da Silva Junior, vulgo Rogérinho, pode ter sido o pivô do atentado que vitimou fatalmente Matheus Vinicius Machado, 22 anos, sua esposa Kamyla Oliveira da Cruz, de 19 anos e a adolescente Dayene Pereira da Silva, de 17 anos.

Ocorre que um dia antes da tragédia, o infrator Rogério, que possui extensa ficha criminal teria ido a casa de um ex-apenado da Colônia Penal, por apelido “Roxinho” que ganhou a liberdade recentemente, já ameaçado de morte pela facção criminosa denominada Comando Vermelho (CV), na intenção de executá-lo a tiros.

Rogério invadiu a casa localizada na rua Minas Gerais, no setor 06, bairro Embratel e tentou matar Roxinho, mas a arma falhou e o rapaz conseguiu fugir pulando muros de residências, momento em que Rogérinho efetuou um disparo contra a casa, deixando a marca do tiro na parede.

No dia do crime, guarnições da Polícia Militar receberam as informações quanto a autoria do atentado e receberam a informação de que a adolescente Dayene, conhecida no mundo do crime como “Menorzinha” e seu namorado Rogério teriam abandonado o PCC e se aliado ao CV, passando a falar mal da facção anterior.

Testemunhas disseram ainda que o piloto da moto que levou Rogério para tentar matar Roxinho seria um rapaz por nome “Severo”, no entanto, no dia dos fatos Roxinho negou ser de facção criminosa e disse ainda não ter desavenças com ninguém.

Horas mais tarde, a polícia chegou a abordar Rogérinho e a adolescente, mas ambos estavam desarmados e sem ilícitos e como Roxinho se negou em reconhecer o infrator naquele dia, ele e a namorada foram liberados.

Emboscada:

A ocorrência policial revelou que ontem, Rogérinho e Dayene chamaram os amigos Matheus e Kamyla para irem com eles no balneário “Novo Paraíso” e que passaram a tarde brincando e bebendo, mas quando saíram para irem embora foram surpreendidos pelos criminosos da facção denominada Primeiro Comando da Capital (PCC) que estavam escondidos dentro da mata.

Rogérinho, que é o único sobrevivente, relatou aos policiais que quatro homens teriam saído da mata e armados efetuaram disparos contra eles, tendo ele conseguido abandonar a motocicleta e correr para dentro da mata após ser baleado na mão.

Ele viu o momento em que sua namorada foi executada a tiros e seus amigos foram alvejados, sendo que Kamyla caiu e ficou ao solo agonizando enquanto os atiradores perseguiram Matheus, que nessa hora teria conseguido fugir e ele acreditava que o amigo estava vivo.

Matheus chegou a tentar correr do ataque, mas perdeu o controle após ser baleado e caiu ao solo, momento em que os marginais o obrigaram a ficar de joelhos e o executaram com tiros na cabeça.

O próprio Rogérinho afirmou que o amigo e Kamyla dele não eram faccionados e “não tinham nada haver com a história”.

Ainda de acordo com as informações, Matheus era entregador, trabalhava e tinha um filho de 02 anos com Kamyla e ambos não tinham passagens pela polícia, contudo, estavam no local e na hora errada, com um criminoso que era amigo deles e desta forma, acabaram tendo um trágico fim.

A família de Matheus e Kamyla revelaram que o casal trabalhava e se casaram quando Matheus tinha 18 anos e ele era prestativo para com a mãe e com sua atual família, no caso, Kamyla e o filho.

A tia de Matheus revelou ainda que ele abriu uma marmitaria e Kamyla cozinhava enquanto ele atendia e entregava as marmitas. “Eram trabalhadores e gostavam de ajudar as pessoas, sempre prestativos, mas fizeram essa amizade errada,” disse.

Ainda conforme apurado, Matheus e Kamyla jamais tiveram laços com facções criminosas e nunca tiveram passagens policiais, conforme apurado junto a Polícia e infelizmente morreram de forma trágica devido a amizade com o marginal Rogérinho e a infratora Dayene.

A Polícia Civil segue investigando a chacina e já está com a investigação avançada, mas, o caso deve seguir em segredo de justiça para que a investigação não seja atrapalhada.

Tony Rota

Rota Policial News

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