Em Vilhena, CPI para a cassação de Célio Batista é adiada e vereador Sargento Sushi se indigna
Sargento Suchi falou verso bíblico e disparou duras críticas direcionadas à Célio Batista
A sessão extraordinária do Poder Legislativo Municipal convocada para às 15 horas da tarde desta segunda-feira, 01 de Outubro, com a finalidade de julgar a cassação do mandato do afastado vereador Célio Batista (PR) resultou em críticas e no adiamento do julgamento, devido o vereador e seu advogado não comparecerem a sessão.
Já no início da sessão, o vereador presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), vereador França Silva (PV), revelou que como não haviam sido convocados o implicado Célio Batista e nem seu advogado Nilton Schramm, a sessão seria prorrogada por mais 30 dias “A ausência do vereador acusado numa sessão de julgamento que pode comprometer seu mandato torna nula qualquer votação, por isso decidimos pedir a prorrogação por mais 30 dias, para que o acusado seja devidamente intimado”.
Rafael Maziero (PSDB), que é o vereador relator do processo disse que Célio Batista foi procurado na casa onde vive e em seu atual local de trabalho, uma escola pública do Estado, entretanto, não foi encontrado. Ainda segundo o relator, a intimação foi levada ao advogado Newton Schramm, representante legal de Célio na CPI, porém, o causídico se negou a assinar o recebimento da intimação.
Indignado, o membro da Comissão, vereador Sargento Carlos Suchi (Podemos), disparou duras críticas direcionadas à Célio Batista, entre elas, até mesmo versos bíblicos. “Em 30 anos na Polícia Militar, tenho uma ficha de serviços impecávis, e pretende manter isso na vida pública. Já meu colega, está em casa recebendo o mesmo salário que eu, R$ 6.400,00, sem prestar serviços a comunidade. Deus vai levantar a saia e mostrar a vergonha”, disse, citando uma passagem do livro do profeta Naum. Suchi também disparou virtualmente em seu voto na cassação: “essa Casa de Leis não tem espaço para quem usa tornozeleira”; referindo-se ao monitoramento eletrônico imposto pela Justiça Criminal a Célio Batista, réu em três processos.
Carlos Suchi alegou ainda que seu assessor ficou das 08 horas da manhã atpe o final da tarde na frente da casa de Célio Batista, mas o edil ficou escondido dentro de casa e não quis sair para receber a intimação.
O que acontece agora
Através da portaria 296/2018 os vereadores aprovaram por unanimidade a prorrogação dos trabalhos da Comissão por 30 dias: o objetivo é evitar que a CPI termine em pizza. “Encontramos como solução a prorrogação até o vereador Célio ser intimado para lermos em plenário o relatório final e votarmos a cassação dele”, finalizou França Silva.
Recebe sem trabalhar
Além da CPI Célio Batista ainda responde a processos criminais. Em julho do ano passado ele foi afastado da função de vereador por decisão da 1ª Vara Criminal da Comarca de Vilhena, porém, a mesma instância determinou que o salário líquido de R$ 6.400,00/mensal continuasse sendo pago a ele. Os supostos crimes teriam sido cometidos no período de 2013 a 2016, quando Célio Batista também ocupou cargo de vereador.
Abertura da CPI
A CPI contra Célio Batista foi aberta depois que o eleitor Valdecir Carlos Gesza protocolou na casa de leis no dia 21 de agosto de 2017, o pedido para investigar se o vereador cometeu falta de decoro no desempenho de suas funções no parlamento, por suposto envolvimento em um esquema de propina para liberação de loteamentos na cidade. Célio Batista é remanescente da legislatura anterior, que teve seis vereadores condenados por corrupção.
Fonte: Wellington Pablo / Rota Policial News.