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Delegado Waldir deixa liderança do PSL e será substituído por Eduardo Bolsonaro

Deputado deixa o cargo após líder do governo na Câmara apresentar lista com 29 nomes favoráveis à indicação do filho do presidente

O líder do PSL na Câmara dos Deputados, Delegado Waldir (PSL-GO), anunciou nesta segunda-feira, 21, que vai deixar o posto. Ele será substituído na liderança pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro, que teve a indicação defendida por uma lista de 29 deputados do partido, entregue hoje à secretaria-geral da Câmara pelo líder do governo na Casa, deputado Major Vitor Hugo (PSL-GO).

“Venho a público fazer um esclarecimento. O meu partido, PSL, decidiu retirar a ação de suspensão de cinco parlamentares. E aceitamos democraticamente uma nova lista que foi feita por parlamentares. Já estarei à disposição do novo líder para, de forma transparente, passar para ele toda a liderança do PSL”, disse Waldir, em um vídeo.

O anúncio de Delegado Waldir vem depois de o presidente do PSL, Luciano Bivar, informar ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que “por questões estatutárias” não era mais válida a suspensão temporária das atividades partidárias de cinco deputados do PSL, determinada na sexta-feira, 18 de Outubro.

Com a medida de Bivar, os deputados Carla Zambelli (SP), Bibo Nunes (RS), Filipe Barros (PR), Carlos Jordy (RJ) e Alê Silva (MG), alvos da suspensão, puderam assinar a lista pró-Eduardo, que tem 29 nomes, dois a mais que os 27 necessárias para troca na liderança da sigla, cuja bancada tem 53 deputados.

A secretaria-geral da mesa da Câmara confirmou 28 das 29 assinaturas e oficializou o filho do presidente como novo líder (veja abaixo).

No Japão, Jair Bolsonaro comentou crise no PSL

O presidente Jair Bolsonaro desembarcou em Tóquio na madrugada desta segunda-feira 21. O chefe de Estado brasileiro terá um dia sem compromissos oficiais e na terça-feira participa de cerimônia de entronização do imperador japonês Naruhito. Ao longo da semana, a comitiva presidencial seguirá na Ásia e passará por China, Emirados Árabes Unidos, Catar e Arábia Saudita antes de retornar ao Brasil.

O tour asiático vem sendo planejado desde os primeiros meses deste ano, em uma tentativa de aproximação após declarações polêmicas de Bolsonaro ainda durante a campanha e no início de seu governo, como críticas à China e a decisão –hoje arquivada– de imitar os Estados Unidos e transferir a embaixada brasileira em Israel de Tel Aviv para Jerusalém.

Já em solo japonês, Bolsonaro voltou a comentar a crise de seu partido, o PSL, rachado entre apoiadores do próprio presidente e políticos ligados ao deputado que comanda a sigla, Luciano Bivar (PSL-PE). Em frase repercutida pelo jornal O Estado de S. Paulo, Jair disse que “o bem vencerá o mal” e que o cenário político poderá mudar durante sua ausência do Brasil, que durará dez dias.

“A política, como dizia Ulysses Guimarães, é uma nuvem. A resposta é essa”, disse Bolsonaro, ao ser questionado sobre sua situação no partido. A frase, porém, é originalmente atribuída ao político mineiro Magalhães Pinto.

Nos últimos capítulos da crise do PSL, neste domingo, a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) reagiu aos ataques feitos pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) em transmissão ao vivo pelas redes sociais. Em live no YouTube, Joice afirmou que não tem “nada a ver com cargo” nem com “rachadinha”.

“Olhe, meu amigo, quem gosta de cargo é você, é a turminha aí”, respondeu Joice à crítica de Eduardo Bolsonaro de que ela perdeu 30 cargos na liderança do governo no Congresso.

A crise no partido diverge comentários nas redes socias e causa extremo alvoroço na direita do Brasil e a única verdade disso tudo é a de que o conflito entre Joice Hasselmann e Eduardo Bolsonaro com seu irmão Carlos Bolsonaro interfere de modo negativo na direita do país e abala as estruturas de Jair Bolsonaro.

Fonte: VEJA

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