Católicos repudiam encenação de grupo teatral e petista registra BO na UNISP de Vilhena alegando adulteração nas imagens
Cena com frase escrita sugere comunhão dada a um cachorro; petistas desmentem
Depois de incendiar as redes sociais, o vídeo protagonizado pelo artista plástico Wessler Nascimento, presidente do PT em Vilhena e candidato a vereador pela legenda, acabou virando caso de polícia.
O vídeo, que está sendo compartilhado em grupos no WhatsApp, mostra o petista colocando o que seria uma hóstia na boca de um rapaz, mas o que acabou deflagrando a crise, que levou a comunidade católica a emitir “nota de repúdio” pela cena, é a frase que aparece escrita na gravação: “corpo de Cristo”.
Embora não haja qualquer som que confirme a suposta ofensa verbal aos católicos, já que imagens sugerem se tratar de um cachorro recebendo a comunhão, um dos mais importantes rituais da denominação, muitos militantes da religião continuam replicando o material, chamado de “absurdo” o vídeo.
Em nota no Instagram, a Paróquia Nossa Senhora Aparecida emitiu mensagem de repúdio a encenação do grupo teatral:
Nós, cidadãos de Vilhena, sempre valorizamos a arte e a cultura como formas de expressão e desenvolvimento pessoal. Muitos jovens da nossa cidade, motivados pela paixão pelas artes cênicas, se inscreveram nas aulas de teatro promovidas pela Associação de Teatro e Educação Wankabuki (Atew), hoje financiada pelo Governo Federal, por meio do Ministério da Cultura (Minc), no âmbito do Programa Olhos D’água.
No entanto, estamos profundamente consternados e indignados com os acontecimentos recentes durante essas aulas. Na noite de quarta-feira, 28 de agosto, uma das professoras filmou uma cena e compartilhou no grupo de WhatsApp dos pais. A cena, que deveria ser uma representação artística, revelou-se um sacrilégio inaceitável. Um homem simulava ser um padre, um jovem parecia ser coroinha, e outro jovem imitava um cachorro em direção ao “padre”, que abaixava e dizia as palavras “corpo de Cristo”. Essa encenação, zombando da nossa religião, é extremamente ofensiva e desrespeitosa.
É inadmissível que, em um espaço destinado ao aprendizado e à valorização das artes, nossos jovens sejam expostos à tamanha falta de respeito e consideração pela fé alheia. Acreditávamos que situações como essa ocorressem apenas em lugares distantes, como França, grandes cidades ou universidades federais, mas agora nos deparamos com essa realidade aqui, em Vilhena, perto de todos nós.
Exigimos respeito à nossa religião e fé. A arte deve ser um meio de união, respeito e compreensão, não de ofensa e desrespeito. Pedimos que a Associação de Teatro e Educação Wankabuki (Atew) e o Ministério da Cultura (Minc) tomem medidas imediatas para corrigir essa situação e garantir que episódios como esse não se repitam. Nossos jovens merecem um ambiente de aprendizado que respeite todas as crenças e promova a verdadeira essência das artes cênicas.
O outro lado:
Candidato a prefeito pelo PT, o jornalista Alan Souza foi o primeiro a “arrepiar” numa comunidade virtual, ao explicar que o vídeo retrata: “a cena de um curso de teatro”, e que não há qualquer menção a católicos. Segundo ele, a frase escrita foi colocada de propósito no vídeo para atacar sua campanha.
Wesller, assim como a esposa de Alan, são alunos do curso, e não chegaram a acusar ninguém pelo vazamento do vídeo, mas a divulgação teria sido feita por alguém também inscrito para assistir as aulas.
Após printar ataques desferidos contra ele em grupos no WhatsApp, tendo como justificativa as imagens adulteradas, Nascimento gravou outro vídeo para falar sobre o Boletim de Ocorrência registrado por ele na polícia.
O vídeo vem repercutindo nas redes sociais e gerado revolta não apenas nos católicos, mas também em todos os cristãos. “Mesmo que seja só a cena de um curso de teatro, que cena rídicula é essa, acha que somos tolos”, disse um católico em entrevista ao jornal.
Veja abaixo o vídeo vazado da “cena de teatro” e o vídeo feito pelo candidato a vereador que aparece nas imagens:
Texto e fonte: Folha do Sul Online