Organização especializada em enviar brasileiros ilegalmente aos EUA é alvo da PF em RO e SC
Ao todo, 10 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Porto Velho, Monte Negro (RO), Campo Novo de Rondônia (RO), Porto Belo (SC) e Cruz Alta (RS).
Uma organização criminosa especializada no crime de promoção de migração ilegal e lavagem de dinheiro, decorrente dos altos valores pagos aos ‘coiotes’ responsável pela logística de entrada de brasileiros nos Estados Unidos, foi alvo da Polícia Federal (PF) na manhã desta quarta-feira (28).
Segundo a polícia, 10 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Porto Velho, Monte Negro (RO), Campo Novo de Rondônia (RO), Porto Belo (SC) e Cruz Alta (RS).
Investigações
As investigações começaram em 2021, após uma denúncia recebida pela PF, que relatava a participação de um homem, morador de Monte Negro, no esquema de promoção ilegal de migrantes de Rondônia aos Estados Unidos.
Durante as buscas, a PF identificou outros integrantes do grupo criminoso que cobravam altos valores para os interessados em entrar de forma ilegal no território norte americano.
Também foi descoberto a participação de pessoas que moravam em Santa Catarina e usavam uma agência de turismo para comprar passagens aéreas para fora do Brasil.
Nesta etapa das investigações, a polícia também identificou um alto fluxo financeiro para as contas dos investigados, decorrente do valor pago pelos serviços de migração ilegal.
Segundo a Polícia Federal, muitas pessoas enviadas pelo grupo foram abordadas, presas e deportadas durante o trajeto, principalmente durante o cruzamento da fronteira americana a partir do México.
Os investigados devem responder, na medida de suas participações, pelos crimes de “constituição de organização criminosa e lavagem de dinheiro, cujas penas somadas podem superar 18 anos de reclusão”.
Human Commodity
De acordo com a polícia, o nome da operação se refere a forma como os integrantes do grupo trata as pessoas que se arriscam na migração ilegal, considerando-as meras mercadorias humanas, interessados exclusivamente no recebimento de altos valores pela logística da travessia.
Fonte: G1 RO