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Segundo OMS, transmissão de Covid-19 por pacientes sem sintomas é rara

A especialista pediu que os países se concentrassem naqueles que têm os sinais da infecção para tentar fazer o controle do vírus.

A líder técnica da Organização Mundial de Saúde (OMS) Maria van Kerkhove afirmou, nesta segunda-feira (8), que a transmissão da Covid-19 por pacientes sem sintomas da doença parece ser “rara”.

“Temos alguns relatos de países que estão fazendo rastreios de contatos muito detalhados, estão seguindo casos assintomáticos, seguindo contatos e não estão encontrando transmissões secundárias. É muito raro”, disse van Kerkhove.

Ela explicou que os casos assintomáticos (de pacientes que não têm sintomas) de Covid-19 têm sido identificados ao se fazer o rastreio de contatos de pacientes que apresentam os sinais da doença.

Mas, em alguns casos, pontuou van Kerkhove, quando uma segunda análise desses casos é feita, descobre-se que os pacientes tiveram, na verdade, leves sintomas da infecção.

“Dito isso, nós sabemos que pode haver pessoas que são verdadeiramente assintomáticas e testam positivo no PCR”, declarou a líder técnica.

teste PCR, que detecta o material do vírus em uma amostra, é considerado o “padrão ouro” para diagnóstico da doença.

“Estamos constantemente olhando para esses dados e tentando obter mais informações para de fato responder a essa pergunta, [mas] ainda parece ser raro que um indivíduo assintomático transmita a doença”, completou van Kerkhove.

A especialista pediu que os países se concentrassem naqueles que têm os sinais da infecção para tentar fazer o controle do vírus.

“Se de fato acompanhássemos todos os casos sintomáticos, isolássemos esses casos, rastreássemos os contatos e colocássemos esses contatos em quarentena, haveria uma drástica redução na transmissão. Se pudéssemos nos focar nisso, iríamos nos sair muito bem em termos de suprimir a transmissão”, afirmou.

Pedido por transparência

OMS destaca necessidade de transparência nos dados sobre pandemia no Brasil

A OMS também destacou, nesta segunda-feira (8), a necessidade de transparência nos dados brasileiros sobre a pandemia.

O diretor de emergências da organização, Michael Ryan, espondeu a uma pergunta feita durante coletiva em Genebra sobre dados divulgados pelo Ministério da Saúde.

“É muito importante, ao mesmo tempo, que as mensagens sobre transparência e divulgação de informações sejam consistentes, e que nós possamos contar com os nossos parceiros no Brasil para fornecer essa informação para nós, mas, mais importante, aos seus cidadãos. Eles precisam saber o que está acontecendo”, destacou Ryan.

No domingo (7), a pasta divulgou dados divergentes sobre o número de casos e mortes por Covid-19 registrados nas 24 horas anteriores. Nesta segunda, o ministério detalhou o erro na divulgação, que incluiu 857 mortes “a mais” no balanço.

Segundo levantamento feito pelo G1 junto às secretarias estaduais de Saúde, o Brasil tem mais de 36,6 mil mortes pelo novo coronavírus.

FONTE G1

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