Policial

PF deflagra operação contra tráfico e cumpre mandados em RO; empresa que não tem sede movimentou R$ 85 milhões em 2020

Mandados foram cumpridos em Porto Velho, Guajará-Mirim e Cacoal

A Polícia Federal deflagrou nesta manhã de quarta-feira (01/09/2021) a OPERAÇÃO ALCANCE visando desarticular esquema criminoso de envio de carregamento de drogas de Rondônia para a cidade de Fortaleza/CE, assim como núcleo voltado à lavagem de capital proveniente do tráfico sediado em Porto Velho.

Aproximadamente 200 policiais federais cumprem os 102 Mandados Judiciais, sendo 42 de Prisão Preventiva e 60 de Busca e Apreensão. Há ordem judicial de bloqueio de valores bancários, demandados pela Vara de Delitos de Tóxicos de Porto Velho/RO.

Os mandados judiciais estão sendo cumpridos em seis cidades diferentes, sendo Porto Velho/RO, Cacoal/RO, Guajará-Mirim/RO, Fortaleza/CE, Boa Vista/RR e Santa Luzia/MG. As investigações foram iniciadas em agosto de 2020 com a finalidade de identificar a participação dos integrantes da Organização Criminosa (ORCRIM) sediada em Porto Velho e liderada por indivíduo foragido condenado em 2015 a aproximadamente 40 (quarenta) anos de prisão por tráfico, associação e lavagem de dinheiro.

Durante as investigações constatou-se que os integrantes do grupo criminoso atuavam em duas frentes: um núcleo responsável na remessa de droga através de carretas para o Estado do Ceará e outro na ocultação do patrimônio. Após o cumprimento do mandado de prisão do líder da OrCrim em novembro de 2020 quando usava documento falso, descobriu-se a magnitude das transações.

Sete remessas de drogas foram apreendidas totalizando cerca de uma tonelada de cocaína. O dinheiro da droga era recebido de forma dissimulada em contas bancárias de interpostas pessoas e empresas, sendo que estas recebiam aproximadamente 3% do valor movimentado. Além das inúmeras identificadas, em uma delas a OrCrim chegou a receber R$1.500.000,00 no interstício de 15 dias.

Há empresa com movimentação financeira de aproximadamente R$ 85 milhões em 2020 sem sequer possuir sede física. Parte do patrimônio estava sendo ocultado através de postos de gasolinas, empresas, garagem de veículos, sítios, jet-ski e imóveis de luxo.

Os presos, após serem ouvidos pela Polícia Federal, serão encaminhados para o sistema prisional onde responderão pelos crimes de tráfico interestadual de drogas, organização criminosa, bem como lavagem de dinheiro cujas penas somadas podem chegar a mais de 40 anos de prisão.

O nome da Operação é atinente aos esforços despendidos para ALCANÇAR os integrantes e o líder da Organização Criminosa foragido da Justiça desde o ano de 2015.

Fonte: Foto: Divulgação
Autor: Assessoria

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