Operação Quebrando a Banca: Polícia Civil investiga suspeita de pirâmide financeira envolvendo “Joguinho do Tigre”
O principal alvo da operação Quebrando a Banca é uma influenciadora digital e divulgadora do jogo
A Secretaria de Segurança Pública, por meio Polícia Civil do Maranhão, deflagrou, nesta terça-feira (26), a operação Quebrando a Banca, em São Luís.
A ação, que é resultado de investigação da Superintendência Estadual de Investigação Criminal (SEIC), visa reprimir um suposto esquema de pirâmide financeira envolvendo o jogo Fortune Tiger, plataforma digital popularmente conhecida no Brasil como “Joguinho do Tigre”.
Nesta primeira fase da operação, a equipe do Departamento de Combate a Crimes Organizados (DCCO), vinculado à SEIC, deu cumprimento a cinco mandados de busca e apreensão em endereços residenciais e comerciais, incluindo uma oficina mecânica. O principal alvo da operação Quebrando a Banca é uma influenciadora digital e divulgadora do jogo.
Durante a operação, foram apreendidos quatro automóveis de luxo, três motocicletas, uma moto aquática, joias e outros objetos.
A Polícia Civil também solicitou ao Judiciário o bloqueio de cerca de R$ 8 milhões em contas bancárias ligadas à influenciadora.
A apreensão do valor, especificamente, visa garantir que esse patrimônio financeiro, possivelmente adquirido de maneira ilícita, não seja movimentado ou transferido durante as investigações.
“Estamos buscando dados para confirmar a suspeita de pirâmide financeira. Nesta operação, se investiga pessoas que ajudam a dar capilaridade, a expandir o número de participantes desses jogos que são ilegais”, destacou o titular da SEIC, delegado Augusto Barros. Ele frisou que quem promove e se remunera a partir dos jogos incorre na mesma ilegalidade.
De acordo com o delegado, como jogos de azar movimentam dinheiro de forma ilícita, outros crimes podem estar correlacionados, como sonegação de impostos, evasão de divisas, lavagem de dinheiro, estelionato, entre outros.
O delegado-geral da Polícia Civil, Jair Paiva, enfatizou que as investigações envolvendo a plataforma Fortune Tiger continuarão até a completa elucidação.
“A Plataforma Tiger é um jogo proibido no Brasil. Temos informações de que várias pessoas tiveram prejuízo. As investigações seguem e se for confirmada a existência de um esquema de pirâmide financeira, os envolvidos serão devidamente responsabilizados”, informou.
Jair Paiva fez um alerta à população lembrando que todos os jogos de azar são tipificados como infração penal pela legislação brasileira, sendo portanto proibidos no país. Devem também ser denunciados para prevenir situações em que indivíduos comprometam seus recursos financeiros, como já ocorreu no caso da plataforma Fortune Tiger.
Influenciadora do ‘Jogo do Tigre’ pode ser presa caso realize rifa com carro alugado, diz polícia:
Após ter sido alvo de operação, Skarlete Mello afirmou nas redes sociais que a rifa que estava fazendo seria realizada normalmente. Para a Polícia Civil, o ação configura como crime de estelionato.
A Polícia Civil do Maranhão (PC-MA) afirmou que a influenciadora digital, Skarlete Mello, alvo de operação que investiga um esquema envolvendo o ‘Jogo do Tigre’ em São Luís, pode ser presa caso continue promovendo os jogos de azar nas redes sociais.
Após ter sido alvo da operação de busca e apreensão realizada na terça-feira (26), a influenciadora afirmou nas redes sociais que, apesar das investigações, a rifa que estava fazendo em que o prêmio seria um carro de luxo importado, seria realizada. Para ganhar o veículo, Skarlete anunciou a venda de pontos com valor mínimo inicial de R$ 0,60.
Skarlete Mello também usou as redes sociais para dizer que os jogos de azar que ela divulga também continuariam sendo realizados.
De acordo com a Polícia Civil, investigações constataram que o veículo divulgado pela influenciadora digital é alugado. O automóvel foi apreendido pelos policiais na terça-feira (26).
“Se ela insistir nessa conduta de contravenção penal que é promover jogos de azar, certamente a Polícia Civil representará por medidas mais severas, podendo chegar até a prisão cautelar da investigada”, disse o delegado Pedro Adão, delegado do Departamento de Combate ao Crime Organizado.
A Polícia Civil disse ainda que, caso a rifa seja feita, além de ser presa, Skarlete Mello pode ser enquadrada pelo crime de estelionato. “Provavelmente o bem não seria entregue ao possível ganhador, já que não pertencia a ela, o que caracteriza um crime de estelionato”, disse o delegado.
Fonte: Polícia Civil