Policial

Clima fica tenso entre tenente e sargento após acidente em Vilhena; caso foi registrado na Polícia Civil como ameaça

Praça chegou a imaginar que o superior fosse sacar uma arma e adotou posição defensiva.   

Na manhã da última segunda-feira, 21, um sargento da Polícia Militar registrou queixa contra um tenente, acusando o superior de ameaçá-lo.

O incidente envolvendo os dois militares aconteceu na região central de Vilhena e por muito pouco não acabou em violência.

Segundo apurou o jornal, o sargento de 45 anos estava de serviço quando foi abordado em frente à agência do Banco do Brasil pelo tenente, que tem 54 anos.

Ao abordar o colega de farda, o tenente o questionou sobre o termo usado por ele numa ocorrência de trânsito no qual havia se envolvido duas semanas antes.

A ocorrência que envolveu o militar superior aconteceu no dia 07 deste mês, em frente o supermercado Irmãos Gonçalves.

O militar, dirigindo um VW Polo, foi atingido por um Jeep Renegade conduzido por uma mulher de 49 anos.

O sargento registrou o fato e entregou o BO na UNISP.

Ao abordar o subordinado, o tenente teria usado um tom agressivo, questionando se o outro teria “algo contra mim”. Em seguida, disparou: “se você tem algo para resolver comigo, vamos resolver agora”.

Ao assumir uma postura corporal com braços abertos, o oficial teria dado a impressão de que sacaria uma arma, o que levou o sargento a adotar um posicionamento defensivo diante do que parecia uma ameaça.

O policial de serviço chegou a iniciar o saque de sua arma, mas o ato nem foi concluído, quando ele percebeu que o superior não estava puxando a sua da cintura, como havia imaginado.

Um companheiro do sargento abordado testemunhou em favor do colega com quem estava de serviço no dia do incidente: disse ter ouvido o tenente aconselhar o subordinado a “falar baixo comigo”, acrescentando ter visto o que considerou uma tentativa de ameaça por parte do denunciado.

Após o episódio, o tenente admitiu ter abordado o sargento e dito a ele que pretendia “resolver as divergências”, mas negou tê-lo ameaçado.

O acusado foi chamado ao quartel da PM para dar sua versão e a fim de que providências administrativas e disciplinares sejam adotadas.

Um outro tenente foi encarregado de ouvir as partes envolvidas e confeccionar a ocorrência policial para constituir embasamento das futuras providências legais a serem tomadas.

Fonte: Folha do Sul Online 

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