Canil da PM em Colorado do Oeste auxilia nas buscas de entorpecentes no Conesul
Apesar de já existir o emprego dos cães no combate ao crime, o canil setorial ainda não está homologado pelo canil central
O canil setorial da 3ª Companhia do 3º Batalhão de Polícia Militar (3°BPM), localizado em Colorado do Oeste está em funcionamento há mais de três anos e conta com o pronto atendimento de três cães que realizam o trabalho policial de buscas a entorpecentes em toda região do Conesul do Estado de Rondônia.
Situação atual
Apesar de já existir o emprego dos cães no combate ao crime, o canil setorial ainda não está homologado pelo canil central (Cacoal).
O processo de homologação normatizará as ações na unidade, bem como proporcionará a utilização de militares com previsão no Quadro Operacional da instituição, especificamente destinados para a missão.
Para que isso aconteça, alguns requisitos previstos na resolução nº 268 (n. 0268/2021/PM-ASSELEGIS) já estão sendo adequados desde setembro de 2021 com as obras da sala para a administração do canil, um consultório veterinário, ampliação do depósito, construção de um box exclusivo para a maternidade, bem como a reforma dos quatros boxes existentes.
A 3ª Companhia participou de um concurso de avaliação de projetos, na qual foi contemplada com um alvará de cerca de R$ 30 mil proveniente do judiciário local para realizar a reforma e a ampliação do canil que tem previsão de término em março deste ano.
A Corporação dá o suporte de alimentação dos cães; além disso médicos veterinários e empresários locais colaboram para a manutenção das atividades do canil.
O comandante da 3ª Companhia do 3º BPM, Capitão PM Giovani Martins de Andrade Cardoso, explica que a atuação com os cães dão segurança jurídica aos militares e que há grande demanda em toda região do Cone Sul.
“Nós estamos a menos de 100 Km da fronteira com a Bolívia e a menos de 50 Km da distância da divisa com o Mato Grosso, então o canil deixa de ser uma opção e passa a ser uma necessidade”, frisa Capitão Andrade.
O treinamento K9
Na unidade três cães estão aptos para a atividade policial militar: São eles o Duque, o Ted e o Boris que diariamente são treinados para atuarem em diversas modalidades. Os cães trabalham por um período que dura em média 7 anos.
Há o treinamento com um painel para apresentar os odores ao cão – que também o prepara para não haver distrações relacionadas a outros odores como narguile, café e naftalina que são usados por criminosos para tentar confundir o olfato do animal.
O responsável pelo canil, 2º Sargento PM Valdiney da Silva Ferreira, explica que os cães são adestrados para realizarem buscas a imóveis, objetos, veículos e que de forma alguma tornam-se dependentes químicos.
“A gente estimula desde pequeno o instinto de caça do cão, o ânimo pela recompensa e apresenta odores, sempre treinando pela repetição”, diz o Sargento Valdiney.
O policial tem em sua formação o curso de Cinotecnia, o qual e reúne conhecimentos e técnicas relacionados à criação selecionada, manejo e treinamento de cães para tarefas específicas na atividade policial militar.
Localização de entorpecentes
Toda a preparação dos cães é desencadeada através do binômio homem e animal, o que proporciona resultados incríveis, com tempo record de localização de entorpecentes.
O que o ser humano levaria até horas para localizar, os cães policiais levam poucos minutos, e o melhor: para eles não passa de uma divertida brincadeira!
Os animais ao localizarem entorpecentes, sentam-se ou até mesmo deitam-se indicando o lugar aos militares e só saem dali quando recebem a recompensa: seja um petisco ou um brinquedo favorito.
Para o Cabo PM Fábio Assunção de Oliveira, que é membro do canil da unidade, a sensação de fazer parte da equipe é gratificante ressaltando, inclusive, uma operação no dia 31 de dezembro de 2021, na área rural de Pimenteiras do Oeste, em que os cães localizaram entorpecentes diversos entorpecentes, entre eles porções de maconha, 52 pinos de cocaína e outros 1000 pinos que ainda seriam embalados. “A gente sabe que é certo achar o entorpecente. A gente vai certo”, reforça o Cabo Assunção.
Apreensões recentes
Na última terça-feira (25), o emprego dos cães farejadores em Colorado do Oeste colaborou para a apreensão 35 invólucros de substância aparentemente entorpecentes (crack), dois aparelhos celulares, dois rádios amadores, quatro folhas de cheques assinadas e com valor em branco e duas cápsulas de munições (calibre 22 e 32), além dos suspeitos envolvidos.
Os cães também são empregados em apoio a atividades de outras instituições de segurança pública, como a Polícia Rodoviária Federal e a Polícia Civil.
Texto: CB PM Belli / P5 do 3°BPM
Fonte e fotos: P5 do 3º BPM