Câmara de Vereadores de Ji-Paraná, RO, se pronuncia após investigações por lavagem de dinheiro e corrupção
Polícia Civil fez buscas nas residências dos investigados e na sede da Câmara de Vereadores do município. Ao todo, 14 medidas cautelares foram cumpridas nesta sexta-feira (27).
A Câmara de Vereadores de Ji-Paraná (RO) se pronunciou nesta sexta-feira (27), após a deflagração da Operação Arauto. A Casa de Leis disse que continuará contribuindo com as autoridades policiais e que repudia toda e qualquer ação que vá contra os princípios constitucionais da República. (Veja)
A operação investiga um grupo criminoso suspeito de corrupção, extorsão, tráfico de influência e lavagem de dinheiro.
Foram cumpridos quatro mandados de prisões temporárias, seis de busca e apreensão — nas casas dos investigados e na sede da Câmara de Vereadores de Ji-Paraná — além de quatro afastamentos cautelares da função pública.
Segundo a Câmara “a origem da operação está ligada a ação de pessoas que não tem ligação com a Casa de Leis, tanto que as prisões preventivas são de pessoas sem vínculo com a Câmara Municipal”.
No entanto, conforme informações repassadas pela Polícia Civil, entre os investigados estão sim dois vereadores e servidores públicos municipais de Ji-Paraná.
“O grupo atuava em verdadeiro contrabando legislativo, visando articular a aprovação de projeto de lei municipal com a finalidade de pagamento de precatórios.
Em contraprestação, partes dos valores de honorários dos advogados seriam repassados aos investigados e vereadores envolvidos”, informou a Polícia Civil.
Já a Câmara de Vereadores declarou que a citação de nomes de vereadores pelos investigados, “não pode, por si só e a grosso modo, ser interpretada como prova lícita” e que até o momento houveram indicações que “algum vereador seria beneficiado por dinheiro proveniente das ações, ora investigadas”.
Confira a íntegra da nota da Câmara de Vereadores
Sobre a Operação Arauto, desencadeada na manhã desta sexta-feira (27) pela Polícia Civil de Rondônia, a Câmara de Vereadores de Ji-Paraná esclarece que trata-se de busca e apreensão de bens, já cumprida, e que teve ampla colaboração da Procuradoria do Departamento Legislativo da Casa de Leis.
Esclarece ainda que a origem da Operação está ligada a ação de pessoas que não tem ligação com esta Casa de Leis, tanto que as prisões preventivas são de pessoas sem vínculo com a Câmara Municipal.
A citação de nomes de vereadores pelos investigados, como está escancarado nos autos do processo judicial, “não pode, por si só e a grosso modo, ser interpretada como prova lícita” e em nenhum momento há citação por parte dos envolvidos que algum vereador seria beneficiado por dinheiro proveniente das ações, ora investigadas.
Por fim, a Câmara de Vereadores de Ji-Paraná esclarece que continuará contribuindo com as autoridades e que mantém sua transparência ampla, repudiando toda e qualquer ação que vá contra os princípios constitucionais da República.
Confira a íntegra da nota da Polícia Civil
A Polícia Civil do Estado de Rondônia, através da 2ª Delegacia de Repressão ao Crime Organizado de Cacoal, deflagrou na manhã de hoje, 27 de janeiro de 2023, a Operação denominada Arauto.