Assessor do senador Marcos Rogério tem mandado de prisão decretado pela justiça e é procurado pela PF
Senador exonerou servidor, que é casado com promotora de justiça
A prisão preventiva foi decretada pelo juiz Luís Antônio Sanada Rocha, da 1ª Vara de Delitos de Tóxicos de Porto Velho, no âmbito da Operação Alcance. Segundo a PF, as investigações estão desarticulando um esquema criminoso de envio de carregamento de drogas de Rondônia para Fortaleza, no Ceará. Em Porto Velho é investigada a lavagem de dinheiro do esquema. Os investigadores informaram que o grupo movimentou uma tonelada de cocaína e chegou a receber R$ 1,5 milhão em 15 dias.
Os investigadores informaram que cumpriram 102 mandados judiciais, sendo 42 de prisão preventiva e 60 de busca e apreensão. Foram cumpridos mandados em seis cidades diferentes, sendo Porto Velho, Cacoal (RO), Guajará-Mirim (RO), Fortaleza, Boa Vista e Santa Luzia (MG).
A coluna apurou que Marcelo Guimarães Cortez Leite era um assessor da base do senador Marcos Rogério e ficava em Porto Velho. Ele é casado com uma promotora local e era tido como alguém de confiança. Ele tinha um salário de R$ 4,5 mil líquido no Senado.
Em nota, a assessoria do senador informou que o parlamentar foi “surpreendido com a notícia de busca e apreensão na casa de um dos meus assessores, lotado no escritório de apoio parlamentar de Porto Velho, RO. Não tenho informações se existe ou não envolvimento na prática de algum ilícito, mas em decorrência das investigações em curso decidi exonerá-lo, aguardando maiores esclarecimentos dos fatos”.
As investigações começaram em agosto de 2020. Segundo a PF, verificou-se que “integrantes do grupo atuavam em duas frentes: um núcleo responsável na remessa de droga em carretas para o estado do Ceará e outro na ocultação do patrimônio”. Depois que o líder do grupo foi preso em novembro do ano passado, as investigações foram ampliadas.
Segundo a PF, foi descoberto que “sete remessas de drogas foram apreendidas totalizando cerca de uma tonelada de cocaína”. Além disso, o “dinheiro da droga era recebido de forma dissimulada em contas bancárias” em nome de terceiros e empresas.
Fonte: Reprodução
Autor: UOL