Política

Artigo de Opinião: Conheça cinco perguntas que todo BOM POLÍTICO deve fazer!

Falando de política

A política deve ser cautelosa, sóbria, feita com parcimônia e prudência. Quando se está de alguma forma no poder, não se deve tentar controlar a tudo e a todos, mas agir como forma a influenciar em direção ao objetivo almejado, mas sempre mantendo clara e legal a opção de rejeição de tais influências.
No século passado e nesse vemos o oposto à atitude de prudência. Governos de esquerda e direita caminhando para formas de controle do indivíduo como formas de atingir ideais. E o resultado sempre foi catastrófico. Mas existiriam meios mais prudentes para se levantar e apresentar novas ideias, projetos, leis, obras ou programas? Segue-se abaixo cinco perguntas que facilitarão o esclarecimento dessa questão:

1) Nós realmente desejamos tal projeto/ideia/lei? Etapa aparentemente óbvia, mas na realidade muitos projetos são concebidos sem nem ao menos passar pelo escrutínio da avaliação e opinião pública. Muitos políticos ou intelectuais assumem posições como supostamente unânimes e projetam na sociedade suas próprias concepções de realidade. O desinteresse da população pela política, o parco acesso a informação de qualidade e a complexidade do sistema político levam muitas vezes a um afastamento da discussão de mérito das propostas, levando a desagradáveis surpresas, que tardiamente são levadas ao conhecimento do povo através de um projeto descabido ou pouco representativo e que fugiu a sua avaliação.

 

2) Existe um meio melhor? Respondida afirmativamente a primeira pergunta o bom administrador ou legislador deve levantar as alternativas viáveis ao projeto. Nessa fase devesse abrir mão do orgulho criativo e assumir que qualquer proposta apresenta limitações. O êxtase de uma boa ideia muitas vezes obscura uma ideia ainda melhor. Essa crítica irá vir sempre e apenas quando a ideia for exposta a extensa avaliação e estudo, com o envolvimento dos principais afetados por ela, por intelectuais e indivíduos de posições contrárias.

3) Nós podemos pagar por esse projeto/ideia/lei? Essa é uma pergunta costumeiramente ignorada. As intenções tendem a ignorar falhas importantes do projeto e uma delas é sua viabilidade econômica. E quando se fala em qualquer forma de projeto, a sustentabilidade de recursos é fundamental. Toda forma de ação e criação deve estar acompanhada da correta expectativa de gastos, da sua origem e de sua manutenção em prováveis momentos de vacas magras. Isso evita que ajam grandes desperdícios de recursos em obras e projetos que nunca seriam aprovados se corretamente analisados.

4) Quais as consequências negativas desse projeto? Sim, todo projeto, ideia, lei ou programa apresentará aspectos negativos, esperados ou não. O correto reconhecimento e divulgação desses ajudam os administradores e o público em geral a tomar uma decisão correta sobre a sua viabilidade, o que nos leva a última pergunta.

5) Nós estamos dispostos a assumir essas consequências negativas? Depois de descritas e exploradas, as prováveis consequências indesejáveis devem servir de nova medida quanto a natureza da necessidade do projeto e de sua viabilidade, voltando assim a uma revisão da primeira pergunta. Cabe reconhecer aqui que até mesmo questões legais e jurídicas influenciam a disposição em si.

Só depois de respondidas satisfatoriamente todas essas questões, uma posição concreta pode ser assumida e levada adiante.  Evidentemente essas perguntas são simples demais para atender adequadamente todas as questões, mas o seu uso irá facilitar o entendimento da profundidade das medidas levantadas e abrirão um novo leque de questões fundamentais ao bom administrador ou legislador, bem como da própria população.

Redação
Rota Policial News

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