Polícia Militar encontra corpo com pés amarrados e sinais de esgorjamento

O homicídio qualificado foi registrado por volta das 06h40 da manhã desta segunda-feira, 20 de Novembro, na rua Men de Sá esquina com a avenida Juscelino Kubitschek (JK), na cidade de Nova Brasilândia D´Oeste/RO.

De acordo com o apurado pelo jornal Rota Policial News, a Polícia Militar foi acionada pela equipe do Hospital Municipal, os quais informaram que haviam deslocado uma ambulância ao local e encontrado um homem sem vida, com as pernas amarradas.

As guarnições foram ao local e constataram que ninguém do hospital ficou lá para preservar a área, deixando apenas o corpo lá.

A área foi isolada pelos militares, que acinaram a Polícia Técnico-Científica (POLITEC) para realização de perícia criminal,  sendo constatado que a vítima apresentava sinal de esgorjamento (lesão localizada na região anterior ou lateral do pescoço), motivo que a levou ao óbito.

Além disso, o corpo estava envolvido em um pano e um carpete e com os pés amarrados com  fio azul de cobre, sendo a vítima identificada como sendo Vanderlei Ferreira Dias, de 41 anos.

A autoria e motivação do homicídio qualificado devem ser investigadas pela Polícia Civil, após o registro da ocorrência na Unidade Integrada de Segurança Pública (UNISP).

Diante dos comentários feitos sobre a matéria nas redes sociais quanto a palavra “ESGORJAMENTO” utilizada nesta matéria, o jornal traz uma explicação da palavra em questão, na literatura forense brasileira:

Na literatura forense brasileira, as lesões cervicais recebem diferentes nomes de acordo com sua localização. Lesões localizadas na região anterior ou lateral do pescoço são conhecidas como “esgorjamento”, enquanto aquelas na parte posterior são chamadas de “degolação”, em referência à gola da camisa.

Essas lesões podem ser únicas ou múltiplas, com profundidades variáveis que podem atingir a coluna cervical. Já em outras literaturas forenses internacionais, esses tipos de ferimentos são geralmente referidos como “garganta cortada”.

O ato de cortar a garganta é um método frequentemente utilizado por pessoas que cometem homicídios, mas é raro em casos de suicídio ou acidente. Quando o médico-legista se depara com um corpo que apresenta esse tipo de ferimento, a tarefa se torna bastante desafiadora, especialmente quando não há testemunhas confiáveis ou informações prévias sobre o caso.

A distinção entre lesões na garganta homicidas e suicidas é feita através da análise de características como as marcas de hesitação, a profundidade e as bordas da ferida, além das lesões de defesa.

Essas peculiaridades, juntamente com as evidências coletadas no processamento da cena do crime e na investigação criminal, são essenciais para a elucidação do tipo de crime e sua autoria.

As lesões na garganta podem ser fatais devido à anemia aguda causada pelo sangramento externo, à asfixia por aspiração de sangue ou à embolia gasosa, que ocorre quando o ar entra na corrente sanguínea pela seção das artérias e veias jugulares, enquanto o corpo está em posição vertical ou sentada com o nível do pescoço mais alto que o tórax.

É de responsabilidade do médico legista examinar minuciosamente as lesões encontradas e, em conjunto com as provas circunstanciais, auxiliar as autoridades competentes a esclarecer a natureza da lesão em relação a todos os aspectos do caso.

Redação

Rota Policial News