Por que Michelle tem tudo para ser uma primeira-dama ícone?
Mulher de Jair Bolsonaro reúne características de outras primeiras-damas que conquistaram a população
A primeira-dama Michelle Bolsonaro foi uma das grandes protagonistas da posse de Jair Bolsonaro nesta terça-feira (1º). Bonita, elegante e carismática, ela quebrou o protocolo duas vezes: ao fazer um discurso antes do presidente no parlatório em Libras (língua brasileira dos sinais) e ao beijar o marido.
Tudo na sua primeira grande aparição pública indica que Michelle será uma primeira-dama ícone, o que o Brasil há muitos anos não vê. As últimas primeiras-damas, Marcela Temer, Marisa Letícia, Ruth Cardoso e Rosane Collor cumpriram seus papeis, mas nenhuma conseguiu arrastar uma legião de fãs a ponto de se tornar um símbolo como foram, por exemplo, Evita, na Argentina, Jackie Kennedy, nos Estados Unidos e mais recentemente Michelle Obama.
Evita e Jackie eram mulheres bonitas e tinham um estilo próprio na moda. Eram carismáticas e tinham atuações importantes no assistencialismo (Evita) e na cena cultural (Jackie). Ou seja, reuniam todos os ingredientes para conquistar a população. Michelle é bonita, nasceu pobre e venceu na vida, tem estilo (os vestidos escolhidos para a posse mostram isso) e já mostrou que não será uma primeira-dama “decorativa”. Quer trabalhar e já tem uma causa, a das pessoas com deficiência.
A nossa última primeira-dama, Marcela Temer, chamava muito a atenção pela beleza, sempre usou roupas adequadas, num estilo clássico e trabalhou nas causas sociais, mas não conseguiu ter uma atuação de destaque com o programa Criança Feliz. Muito tímida, ela tinha dificuldades de falar em público e até de gravar vídeos.
Marisa Letícia não era unanimidade. Não teve um estilo marcante e nenhuma atuação política ou em causas sociais. Cativava pela simplicidade e quebrou paradigmas, como nas festas juninas que realizava na Granja do Torto e ao instalar um galinheiro no Palácio da Alvorada.
Já Ruth Cardoso era uma intelectual e professora muito respeitada. Recusava o título de primeira-dama e não teve a preocupação de se tornar um ícone de estilo, apesar de ser vestir sempre de forma correta. Atuou em programas sociais e foi uma das idealizadoras de programas de transferência de renda. Extremamente articulada, dava entrevistas e tinha ótima relação com autoridades estrangeiras.
Rosane Collor, hoje Rosane Malta, chamava a atenção pelas roupas chamativas, mas seu estilo dividia opiniões. Foi presidente da LBA (Legião Brasileira de Assistência), fundada por outra primeira-dama: Darcy Vargas. Foi afastada após denúncias de superfaturamento na compra de leite. A LBA foi extinta posteriormente por Fernando Henrique Cardoso.
Três primeiras-damas que foram mais atuantes no País e são lembradas até hoje são Sarah Kubistchek, Darcy Vargas e Maria Thereza Goulart. Sarah e Darcy tiveram grande atuação no assistencialismo, e Maria Thereza é considerada até hoje a primeira-dama mais bonita e elegante que o País já teve.
Fonte: R7