Vilhena registrou 44 homicídios em 2020 dos quais 35% foram solucionados pelo DHPP
Mais de 50% estão relacionados com tráfico de drogas
Segundo o levantamento realizado pela reportagem do Folha do Sul Online, junto ao setor de investigação da homicídios, dos casos registrados, 38 ocorreram na zona urbana, sendo 37 em Vilhena e 01 em Chupinguaia. Já na área rural, foram registrados 06 casos, sendo 03 em cada município.
Com relação à forma usada pelos agentes para cometer os crimes, 24 se valeram de armas de fogo, 15 de arma franca (facas e facões) e 05 de outros meios como madeira, pedras ou a própria força.
Em se tratando das motivações, que são diversas, 24 podem estar ligados a acerto de contas entre facções (tráfico de drogas) e 20 formam cometidos por motivos passionais, que é quando há da parte do agente do crime, um alto grau de emoção, afeto ou sentimento de posse com em relação à vítima.
Mesmo as autoridades redobrando a atenção às mulheres com campanhas institucionais de denúncia, devido ao aumento significativo no número de registro de violência contra elas desde o início das restrições da pandemia, 04 ainda foram assassinadas por seus parceiros, superando o ano anterior, que registrou 03 feminicídios.
Apesar de ainda haver 18 desses casos sem nenhuma informação que leve o setor de investigação aos agentes dos crimes, 16 já foram elucidados e 10 já estão com as investigações bem avançadas.
De todos os assassinatos registrados no ano conturbado de 2020, apenas um dos elucidados foi cometido por um menor de idade, que é o caso polêmico do Policial Penal André Borges, executado a tiros na noite do dia 10 de agosto e cujo autor e os envolvidos foram presos e o principal suspeito de ser o mandante do crime, foi assassinado em uma das celas do presídio Cone Sul no dia 28 de novembro do mesmo ano.
Já se tratando das tentativas de homicídio, a situação é ainda mais preocupante, pois nos dois municípios e seus distritos foram registrados 59 casos.
Porém, apesar de no momento da confecção do boletim de ocorrência, o crime ser definido como tentativa de homicídio, esses números não são exatos, pois o rumo das investigações pode mudar a autuação para homicídio consumado, caso a vítima venha a falecer decorrente dos ferimentos, para ameaça, lesão corporal ou até mesmo, para ação de legítima defesa.
Nos números apresentados, não são incluídas as mortes ocorridos em ações policiais, pois mesmo sendo apuradas pelo setor de homicídios, não se configuram assassinatos, segundo o Setor de Investigação.
https://youtu.be/fnWgIxtlQtc
Fonte: Folha do Sul
Autor: Leir Freitas