Policial

Juiz agride com socos, professor de natação acusado de molestar seu filho em Rondônia

Na ocorrência, PM narra que magistrado espancou professor e apontou uma pistola contra ele. Acusado nega o estupro e disponibiliza câmeras que poderiam provar sua inocência

Um professor de  natação foi preso nesta quinta-feira, em Porto Velho, acusado de estuprar uma criança.O garoto é filho  de um juiz do Tribunal de Justiça de Rondônia.

O caso teria ocorrido  durante aula numa escola localizada na rua Curitiba, no bairro Caladinho, zona sul.

Na polícia, o pai contou que estava trabalhando quando sua mulher ligou nervosa e chorando muito, informando que o filho havia sido molestado sexualmente pelo professor de natação.

 

O juiz informou aos PMs que sabia onde era a escola e foi acompanhado por eles até lá. Ao encontrar o portão de ferro trancado, apertou a campainha e pediu para entrar desacompanhado, “pois, primeiramente,  queria  conversar sozinho”  com o professor do filho.

Os PMs dizem, por sua vez, que chegaram a perguntar ao magistrado se ele é quem iria dar voz de prisão ao acusado, mas que o juiz ficou em silêncio e entrou no recinto.

Logo em seguida, desferiu socos no rosto e chutes, derrubando  o professor no chão.

Só então o sargento que comandava a guarnição o segurou e deu ordens para que cessasse as agressões, determinação que, segundo a polícia, foi desobedecida pelo magistrado.

Com a ajuda de um soldado, o sargento conseguiu conter o juiz, mas este sacou uma pistola e, apontando a arma para o professor, disse: “Eu não vou te matar, porque, se eu quisesse, teria feito!”.

A PM relatou no boletim de ocorrência que, por interferência da mulher, o juiz “guardou a arma em local desconhecido”  pela guarnição.

VERSÃO DO JUIZ

Na delegacia, o juiz prestou depoimento e contou que conversou com o filho e este se encontrava em estado de choque e chorando muito.

O garoto acusou o professor de natação de tê-lo molestado sexualmente, apalpando suas partes íntimas e se esfregando nele.

O magistrado disse ainda que entrou sozinho na escola e que a guarnição ficou do lado de fora, pois, ao ser questionado pelo sargento se faria sozinho a prisão do acusado, teria respondido que sim, fato negado pelo policial, que contou outra versão. Segundo o PM,  o magistrado e pai da criança teria ficado em silêncio diante da pergunta, logo em seguida adentrando na frente da guarnição.

“Eu disse ao meliante que ele havia molestado meu filho e que estava preso”, acrescentou o juiz em seu depoimento.

Neste momento, de acordo com ele, o professor foi para o seu lado, com as mãos levantadas, em atitude agressiva, “e me defendi, derrubando-o no chão”.

O juiz disse também que o acusado tentou derrubá-lo,  segurando-o pelos pés, por isso deu dois chutes no professor  enquanto este se encontrava caído. “Eu o peguei pelo pescoço e o imobilizei. A guarnição entrou depois que ele estava imobilizado”, contou.

Por último, o juiz disse que não queria matar o professor do filho, mas que teria sido obrigado a usar a força porque a guarnição teria ficado do lado de fora.

PROFESSOR NEGA ACUSAÇÃO E DISPONIBILIZA CÂMERAS

Na delegacia, para onde foi levado preso, o professor de natação negou todas as acusações e disse que sua escola possui câmeras posicionadas na direção da piscina e outros compartimentos, e que estas poderiam comprovar que não teria ocorrido nada de anormal na escola.

O professor foi apresentado na delegacia com um ferimento no joelho e sinais de espancamento no olho esquerdo.

O nome das partes envolvidas na ocorrência policial não é divulgado porque o caso envolve menor de idade, protegido por lei.

Fonte: Tudorondonia

 

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