Na manhã deste sábado, 14 de Setembro, a reportagem encontrou, nos braços da avó paterna, na Unidade Integrada de Segurança Pública (UNISP) de Vilhena, o pequeno H., de apenas 1 ano e 8 meses.
Amanhecer naquele ambiente não foi nada para a criança, comparado ao que ela já passou na vida, em sua curta existência.
Na madrugada deste hoje, o menino chegou à casa da avó, cabeleireira, no bairro Cristo Rei. Estava a bordo de um carro de aplicativo, junto com a mãe e uma amiga dela.
A avó, vendo o estado do garoto, tossindo muito e com o nariz escorrendo, o levou ao pronto-socorro do Hospital Regional. E em seguida, foi narrar o que aconteceu para a polícia.
Ao site, a cabeleireira contou que, na quinta-feira, 12 de Setembro, a mãe do bebê, sua ex-nora, pediu que ficasse com o menino.
Alegou que o pai levou um tiro em Vilhena, se mudou da cidade e ela não tinha onde morar. Detalhe: a mãe tem 15 anos e já se envolveu numa série de problemas com drogas e a polícia.
O pai da criança (filho da cabeleireira) se envolveu num acidente de moto e ficou com sequelas neurológicas graves. Após isso, ele e a mãe do pequeno se separaram e ela o levou consigo.
Uma denúncia anônima levou o Conselho Tutelar à casa da cabeleireira e o bebê foi recolhido, sendo levado para o Abrigo de Menores. Pouco depois, a própria mãe adolescente também foi parar na instituição.
Hoje de madrugada, ela fugiu do local com o garotinho no colo, entregando-o novamente à avó.
A reportagem questionou a direção do Abrigo de Menores sobre a fuga de mãe e filho em plena madrugada, mas a instituição disse que não poderia comentar o episódio.
VIDA SOFRIDA
Em conversa do site com o avô, comerciante, ele contou que, cerca de 8 meses atrás, o neto foi resgatado numa boca de fumo, onde havia sido deixado pela própria mãe.
“Ela disse que pagou a mulher para cuidar, mas a verdade é que a suposta babá era usuária de drogas”, relatou.
Naquela ocasião, o bebê foi levado ao Hospital Regional, desnutrido e doente. “Ele estava nas últimas, pois havia passado dois dias sem comer. Mal conseguia se equilibrar e ficar sentado”.
Nos meses seguintes, o menino se recuperou, ganhou peso e estava bem, mas aí veio outro drama: o avô materno passou a ameaçar a avó paterna, exigindo que o neto fosse devolvido.
“A gente acabou entregando, mesmo contra a vontade, porque a coisa poderia ficar pior”.
O DESFECHO
Neste momento, a criança continua na Unisp, onde um médico legista foi chamado e atestou que ela está em “estado de pneumonia”, o que caracterizaria omissão.
Representantes do Abrigo e do Conselho Tutelar acompanham o caso e aguardam uma decisão judicial para saber com quem e onde o menino deve ficar.
A avó paterna reinvindica a guarda para si, haja vista que ela sim cuida do bebê, enquanto o Abrigo de Menores demonstra a incapacidade de cuidar de crianças na cidade epla incompetência dessa instituição.
Em conversa com a avó paterna, acreditamos que eles devem ter a guarda do bebê, uma vez que o Abrigo de Menores deixa confirmado a incapacidade de cuidar das crianças, que chegam a fugir do recinto e outras ficam doentes, como este bebê.
Fonte: Folha do Sul Online/Rota Policial News