POLITEC explica motivo pelo qual PC precisou do apoio da PF no caso da execução de mecânico em Vilhena
Arma e projéteis foram enviados para o Instituto Nacional de Criminalística, em Brasília. POLITEC não possui materiais sofisticados para realização do exame
Os Peritos Criminais que trabalham na Seção de Balística Forense no Instituto de Criminalística/POLITEC, na cidade de Porto Velho, atuam em casos de confronto balístico de todo o Estado.
No caso específico da investigação do assassinato do mecânico Júlio Pereira, (veja aqui) profissionais especializados da POLITEC, trabalharam exaustivamente, primando, como sempre, pela imparcialidade nos exames, após os resultados do exame de comparação balística, entre arma e os projéteis recebidos, NÃO concluíram para negativo ou positivo, evitando assim que especulações prejudicassem a investigação da Polícia Judiciária.
Explicações sobre o resultado inconclusivo na Balística Forense;
Torna-se inconclusivo o resultado de um exame de micro comparação balística quando na análise dos projéteis, os mesmos não apresentam microelementos coincidentes. Vale ressaltar que o exame de micro comparação balística realizado pela Perícia Criminal do Estado um microscópio de comparação, no qual a imagem do projétil recolhido do cadáver, foi comparado com um projétil obtido da arma de fogo suspeito.
As imagens obtidas são comparadas visualmente, dependendo única e exclusivamente de profissionais especializados e da experiência do Perito Criminal. Esse equipamento não possui muitos recursos técnicos, exigindo muitas vezes dias de trabalho, de observação dos projéteis para uma resposta positiva ou negativa.
Os colegas Peritos Criminais, da competente Polícia Federal e das Polícias Técnicas de alguns Estados possuem equipamentos muito mais eficientes nessa área, como o “scanner balístico”, também conhecido como EVOFINDER. Esse equipamento micro comparações de forma automatizada, com maior precisão, com diversos elementos para melhorar as imagens e até armazenando informações, auxiliando intensamente, de forma precisa e rápida no exame de micro comparação balística. Ainda assim, necessita de profissionais altamente capacitados para chegar à uma conclusão de positivação ou negativação.
Vale ressaltar que a Polícia Técnica-Científica de Rondônia (POLITEC), vem a alguns anos, tentando adquirir um equipamento desse tipo, esbarrando na falta de recursos. Mesmo assim, tem realizado trabalhos de excelência nessa área do conhecimento, muito mais pelos esforços de totós os Peritos Criminais do Estado, que se desdobram em seu dia a dia, para desenvolver suas atividades nas seções do Instituto de Criminalística, Instituto Laboratorial Criminal, Instituto de DNA Criminal, nas Coordenadorias Regionais de Criminalísticas, na administração, nas ruas e estradas, atuando em todos os rincões do Estado Rondônia.
Com essa explanação, gostaríamos de parabenizar a dedicação e empenho dos colegas da Polícia Civil, que apesar dos contratempos, prosseguiram com a demanda do respectivo exame, bem como agradecer, atenção e presteza dos colegas da Polícia Federal.
Josias Batista Silva
Presidente – Sindicato dos Peritos Criminais/RO*Caso do assassinato do mecânico Júlio Pereira Bastos.*
Fonte: Rota Policial News