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Órgão de RO cria app para ajudar no registro e combate de manchas de óleo nas praias do Brasil

Atualização do "Olhos de Águia" conta com duas funcionalidades: captura de manchas e a visualização dos pontos já capturados. Petróleo cru atinge 779 localidades e avançou do Nordeste para o Sudeste do Brasil.

Uma nova versão do aplicativo “Olhos de Águia”, que ajudou na coleta de dados sobre queimadas na Amazônia, foi desenvolvida pelo Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (CENSIPAM), para catalogar e coletar dados sobre as manchas de óleo que atingem as praias do Nordeste e Sudeste do Brasil.

De acordo com o Censipam, o aplicativo saiu do período de testes e começou a ser usado oficialmente no litoral do país no dia 20 de novembro. Ainda não há um levantamento sobre a quantidade de acessos até esta quinta-feira (28).

O desenvolvedor do app, Mário Fraga, disse que a plataforma cataloga e coleta dados, imagens e coordenadas geográficas sobre as manchas de óleo. Essa atualização do “Olhos de Águia” conta com basicamente duas funcionalidades: a captura de manchas e a visualização dos pontos já capturados.

“O processo de captura é simples. A pessoa marca os pontos e pode enviar fotos do local, escrever uma observação, informar se há equipe cuidando da área ou se a limpeza foi concluída. A geolocalização é obtida de forma automática, a partir do GPS do celular ou tablet”, explica Fraga, desenvolvedor.

Segundo ele, o app funciona fora da área de cobertura de internet, já que armazena, mesmo offline, as informações coletadas, e quando se conecta a internet faz a sincronização com o banco de dados do Censipam.

O aplicativo disponibiliza informações para o Grupo de Acompanhamento e Avaliação (GAA), que é formado por representantes da Marinha do Brasil, da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA)

O órgão também desenvolveu uma plataforma web de acesso restrito que comporta as informações capturadas pelas equipes de campo. Nela estão mapas com marcações de pontos atingidos e relatórios com a situação das ocorrências. Essa é uma opção para ajudar as autoridades no combate às manchas, segundo o Censipam.

“A plataforma é para ajudar as “equipes de escritório”, com informações coletadas pela população”, comenta.

“Olhos de Águia” – Queimadas

 

Em setembro deste ano a equipe do Censipam desenvolveu a primeira versão do “Olhos de Águia” para ajudar na coleta de informações sobre queimadas na Amazônia. Por meio de fotos e coordenadas geográficas o app registrou novos focos de calor, principalmente em Rondônia.

Em nota divulgada pelo Ministério da Defesa, o aplicativo foi usado por agentes do Exército, Força Aérea Brasileira (FAB) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), durante ações de combate às queimadas.

Óleo no litoral

As manchas de óleo que atingem as praias do litoral brasileiro desde o dia 30 de agosto chegaram ao Sudeste no início de novembro. O óleo já atingiu 779 localidades, segundo o mais recente balanço do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), com dados até o dia 25 de novembro. No balanço anterior, divulgado um dia antes, havia 772 locais com registros de manchas.

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