Mulher flagrada com 7 gramas de maconha em vilhena e foi presa no Mato Grosso deixa a cadeia
“Eu quase morri nesses últimos dias na cadeia. Não comi, não dormi direito e emagreci um monte”

Após atuação conjunta da Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso (DPEMT) e da Defensoria Pública do Estado de Rondônia (DPE-RO), na semana passada a Justiça determinou a liberdade provisória de H.T. da S., 32 anos, detida com 7 gramas de drogas pelo suposto crime de tráfico.

O defensor público de Mato Grosso, Carlos Eduardo Freitas de Souza, explicou que ela foi presa no dia 11 de junho, em Alto Garças, cidade de Mato Grosso a 360 km de Cuiabá, mas o processo tramita na 1ª Vara Criminal de Vilhena, que determinou a prisão dela por não apresentar resposta à acusação e não ter sido encontrada pela Justiça rondoniense.
Com isso, Souza teve que entrar em contato com o defensor público de Rondônia, Paulo Rodrigo de Siqueira, que pediu a revogação da prisão ao juiz plantonista no dia 13. No pedido, o defensor alegou que a prisão preventiva deveria ser revogada por “verificar a falta de motivo para que ela subsista”, já que o endereço da mãe dela foi localizado, no Pará.

Além disso, a urgência para a revogação da prisão era necessária porque ela foi transferida no dia 12 para a unidade prisional feminina de Rondonópolis (MT). Diante disso, a juíza Liliane Pegoraro Bilharva, da 1ª Vara Criminal de Vilhena, deferiu a liberdade provisória de H. no dia 16, mediante o compromisso dela de comparecer perante a Justiça todas as vezes em que for intimada e não mudar de residência, entre outras medidas cautelares.
“Serve a presente de alvará de soltura e termo de compromisso, devendo a presa ser liberada do cárcere, se por outra razão não deva permanecer segregada. Cumpra-se pelo Sr. Oficial de Justiça de Plantão”, diz trecho da decisão. Conforme o boletim de ocorrência, no dia 11, por volta das 19h30, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) abordou um ônibus que fazia a linha Rio Branco-AC até Brasília-DF e identificou uma passageira com um mandado de prisão em aberto, acusada pelo crime de tráfico de drogas.
Assim, H. foi detida, sem o uso de algemas, encaminhada à Polícia Judiciária Civil (PJC) de Alto Garças, e depois à Cadeia Pública do município. No dia 12, foi realizada a audiência de custódia e ela foi transferida para a Cadeia Feminina de Rondonópolis.
H. conta que foi colocada em liberdade apenas na manhã de terça-feira (17) e pegou um ônibus para o município de Parauapebas, no Pará, onde mora atualmente, na zona rural, com os pais e membros da família. “Fui presa em Vilhena com 7 gramas, saí com 11 dias, já faz três anos. Não mereço cadeia. Eu era usuária de droga, não traficante”, revelou.
Natural de Canaã dos Carajás-PA, ela afirmou que não sabia que tinha um mandado de prisão em aberto e agradeceu pela atuação das Defensorias Públicas de Mato Grosso e de Rondônia, que resultaram na sua liberdade provisória. “Me ajudou demais! Eu quase morri nesses últimos dias na cadeia. Não comi, não dormi direito e emagreci um monte, agora estou tentando me recuperar. Quero refazer a minha vida”, disse.
Ela conta que sempre trabalhou na zona rural com o pai e os irmãos. “Meu pai teve seis filhas e dois filhos. Então, ensinou a gente a trabalhar no pesado. Papai criou a gente na roça, trabalho bruto”, declarou.
Na manhã desta segunda-feira (23), ela foi até o Núcleo Regional de Parauapebas da Defensoria Pública do Estado do Pará (DPE-PA) buscar atendimento e reorganizar sua vida.
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Fonte: CONJUR – Folha do Sul Online
Foto: Ilustração