Policial

Forças policiais “cercam” Cintas Largas perto de Vilhena para evitar guerra entre povos indígenas com Sabanês

“Se a gente não agisse, provavelmente haveria mortes, inclusive de crianças e idosos”

O sol já estava raiando quando um leitor do jornal enviou vídeo mostrando várias viaturas retornando para a Delegacia da Polícia Federal em Vilhena, depois que os agentes e um delegado conseguiram desmobilizar dezenas de guerreiros da etnia cinta larga, que ameaçavam atacar uma aldeia sabanê nas proximidades da cidade.

Recentemente, este site publicou a decisão judicial a partir da qual começaram a surgir rumores de guerra entre as etnias, que há anos disputam o mesmo território.

O conflito por causa da terra é antigo, mas estava sob controle. Quando houve a determinação judicial para que fosse delimitada a área de cada etnia, os cintas largas reagiram e ameaçaram com um banho de sangue (ENTENDA AQUI).

Segundo um policial federal que acompanhou a ação, os cintas largas haviam se deslocado de Cacoal e Juína (MT), mas foram interceptados exatamente na entrada que dá acesso à aldeia sabanê. “Se a gente não agisse, provavelmente haveria mortes, inclusive de crianças e idosos”, explicou a fonte ouvida pela reportagem.

Após as exaustivas negociações entre as autoridades e os cintas largas, que duraram quase 24 horas e foram encerradas hoje, os guerreiros, que haviam chegado a cerca de 25 km de Vilhena através da BR 174, que liga Rondônia e Mato Grosso, deixaram o local.

A tensão que marcou toda a negociação continuou mesmo após o sol nascer, com os indígenas disparando fechas para o alto, indicando a disposição para eliminar os supostos invasores que ocupam uma pequena área do Parque Aripuanã. Os cinta larga alegam ser deles o enorme território encravado entre Rondônia Mato Grosso.

Para tentar “baixar a temperatura” e evitar a guerra sangrenta, a Funai publicou ontem na internet informações sobre a revogação parcial da decisão que motivou a mobilização dos cintas largas contra os “irmãos” Sabanê.

Ontem mesmo, o juiz federal em Vilhena, Rafael Ângelo Slomp, proferiu decisão que, pelo menos por enquanto, acalma os ânimos dos indígenas e evitam a guerra (CLIQUE AQUI e leia na íntegra).

Fonte: Folha do Sul Online

Vídeo: Rota Policial News

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