Feminicídio em Vilhena: Mulher de 31 anos é assassinada a facadas pelo ex-marido inconformado com fim do relacionamento

Na tarde desta terça-feira, 09 de Setembro, a cidade de Vilhena (RO) foi palco de mais um trágico episódio de feminicídio om o 44º homicídio do ano de 2025 registrado.

Gleiciane da Silva Souza, de apenas 31 anos, foi assassinada brutalmente pelo ex-marido no quintal de sua casa, localizada na rua 7605, no bairro Embratel, divisa com o bairro Assossete.

A vítima foi atacada com mais de 15 golpes de faca em diversas partes do corpo. Ainda com vida, Gleiciane foi levada pelo Corpo de Bombeiros Militares ao Hospital Regional de Vilhena, onde os médicos tentaram reanimá-la por cerca de 20 minutos, mas ela não resistiu aos ferimentos e veio a óbito logo após dar entrada na unidade de saúde.

Segundo informações apuradas pelo Rota Policial News, o autor do crime é R. G. S., de 39 anos, um construtor natural de Colorado do Oeste.

Ele foi casado com a vítima por 14 anos e é pai dos dois filhos de Gleiciane. Inconformado com o fim do relacionamento, passou a perseguir e ameaçar a ex-esposa, até decidir matá-la de forma covarde.

Após cometer o crime, o agressor se entregou espontaneamente na Unidade Integrada de Segurança Pública (UNISP) de Vilhena e foi preso em flagrante pelo crime de feminicídio, tipificado no Código Penal como homicídio cometido contra a mulher por razões da condição do sexo feminino, especialmente em casos de violência doméstica e familiar.

Gleiciane será velada pela funerária Canaã a partir das 12 horas de quarta-feira, 10 de Setembro, na Capela Mortuária Municipal, e o sepultamento às 17h30 no cemitério municipal Cristo Rei.

Aumentam os casos de feminicídio em Vilhena e no Brasil

O assassinato de Gleiciane é mais um entre centenas de casos que se repetem em todo o Brasil. De acordo com dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o país registrou mais de 1.400 feminicídios em 2024, um aumento alarmante em relação aos anos anteriores. Em Vilhena, nos últimos meses de 2025, pelo menos quatro mulheres já foram mortas de forma cruel.

Esses crimes, em sua maioria, são cometidos por companheiros ou ex-companheiros que não aceitam o fim do relacionamento.

As vítimas geralmente vinham sendo ameaçadas ou perseguidas antes do desfecho trágico, como ocorreu com Gleiciane nesta tarde dolorasa para a cidade.

O feminicídio é a ponta do iceberg de um ciclo de violência doméstica que começa com controle, ciúmes, ameaças e agressões. Por isso, é essencial que denúncias sejam feitas o quanto antes, para que as autoridades possam agir preventivamente.

📞 Como denunciar a violência contra a mulher

Se você está sofrendo ou conhece alguém que esteja sendo vítima de violência doméstica, ameaças ou perseguição, saiba que não está sozinha. A denúncia pode salvar vidas.

Canais de denúncia disponíveis:

• Ligue 180 – Central de Atendimento à Mulher: atendimento 24h, gratuito e confidencial.

• Disque 190 ou (69) 3322-3935 da PM de Vilhena – Polícia Militar (em caso de emergência).

• Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAMs) ou (69) 3322-2001 da PC de Vilhena.

• Aplicativos como o “Proteja-se Mulher” ou “SOS Mulher” disponíveis em alguns estados.

• Delegacia Online, disponível em alguns estados para registro de boletins de ocorrência sem sair de casa.

✋ Quando o silêncio mata, denunciar é um ato de coragem

O caso de Gleiciane da Silva Souza Gomes não pode ser apenas mais um número nas estatísticas. Ela era filha, mãe, profissional, amiga. Sua vida foi interrompida de forma brutal por um homem que não aceitava sua liberdade.

É urgente que a sociedade rompa o silêncio diante da violência contra a mulher. Familiares, vizinhos e amigos têm papel fundamental ao identificar sinais de abuso e apoiar as vítimas a buscarem ajuda.

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Redação

Rota Policial News