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CPI da Covid-19 pode parecer conspiração contra o presidente, diz senador de Rondônia integrante da comissão

Sem mencionar Renan Calheiros, Marcos Rogério afirmou ainda que ‘pai de um governador não deveria ser relator’ da comissão

Com previsão para ser instalada nesta terça-feira, 27, a CPI da Covid-19 no Senado Federal continua gerando debates, desentendimentos e causando divergências entre os parlamentares.

Além da preocupação pela escolha do presidente do colegiado e do relator, uma possível condução dos trabalhos na comissão, majoritariamente composta por membros da oposição ao governo federal.

O senador Marcos Rogério (DEM), que é integrante da CPI, afirmou em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, nesta segunda-feira, 26, que é preciso evitar politicagem.

“Temos que observar agora, a confirmar essa composição amanhã, é exatamente como vai ser a linha de atuação, se há alinhamento de oposição na condução e no exercício nos trabalhos da CPI isso pode parecer conspiração planejada contra presidente, acho que não é o caminho adequado. A CPI deve ter posição de busca, de esclarecimento daqueles fatos determinados, narrados nos dois requerimentos que deram origem à CPI de maneira equilibrada e responsável.”

Na avaliação do parlamentar, o governo “deixou de cumprir com a articulação necessária” para a formação da comissão.

Ao mesmo tempo que a condução da CPI da Covid-19 preocupa, a possível escolha do relator também.

Considerando o objetivo da comissão, que é de investigar a atuação do Executivo na pandemia e os recursos destinados a Estados e municípios, Marcos Rogério pontua: “Com relação a esse ou aquele senador assumir a relatoria da CPI, a minha opinião é clara ou direta. O filho do presidente não deveria ser relator dessa CPI. Pela mesma razão, o pai de um governador não deveria, mas isso deve ser avaliado pelo presidente eleito”, afirmou, sem mencionar Renan Calheiros, pai do atual governador do Alagoas, Renan Filho.

Ainda sobre os trabalhos da comissão, o senador, líder do DEM na Casa, defendeu duramente a necessidade de investigar “o caminho do dinheiro”, ou seja, os repasses aos demais entendes federativos, criticando a possibilidade de convidar “palpiteiros” para a comissão.

“Se a CPI tomar a iniciativa de convidar todo mundo que tem opinião contra ou a favor do governo não haverá um trabalho produtivo da comissão”, afirmou, destacando que, como em uma Copa do Mundo, são 200 milhões de pessoas achando que “têm a solução perfeita”.

“É preciso fazer a investigação em relação ao caminho do dinheiro naqueles casos que foram apontadas eventuais práticas delituosas, criminosas, desvio de dinheiro, desvio de finalidade, corrupção. Não é focar só no governo federal. Querer convidar quem tem opinião ou palpite com relação a isso ou aquilo contra a governo é uma perda de tempo.”

Fonte: G1

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