Candidada de esquerda do PV é denunciada pelo MP em Vilhena após fazer apens 6 votos
Candidato a prefeito pelo PT e presidente do PV negam qualquer tipo de fraude. Federação pode cair e definir novos vereadores eleitos
O Ministério Público Eleitoral de Vilhena, que já havia denunciado o PRD, apontando suspeitas de que o partido pode ter usado uma “candidata laranja” no pleito municipal deste ano, moveu o mesmo tipo de ação contra a “federação” que reúne PT, PV e PC do B (ENTENDA AQUI).
Uma candidata do PV fez apenas 6 votos, o que despertou a suspeita de que ela teria sido usada para fraudar a “cota de gênero”, regra que estabelece um percentual mínimo obrigatório de mulheres concorrendo à vereança em cada legenda ou coligação.
Alan Souza (PT), o candidato a prefeito da federação, explicou que o PV era aliado, mas não participou de sua campanha. A maioria dos “verdes” teria se aliado à professora Raquel Donadon, do PRD.
Alan Souza foi candidato a prefeito e teve miseros 1800 votos. O petista argumenta que não houve fraude, e sim dificuldade para fazer campanha com poucos recursos.
O petista lembra que todos os candidatos do PV atingiram baixas votações, e não apenas a Zilda do Amaral (FOTO), com sua meia dúzia de eleitores, o que motivou a denúncia feita pelo MP, que tenta anular toda a votação alcançada pelo “consórcio” de partidos de esquerda.
Presidente do diretório do PV em Vilhena, o servidor público Orando Café, também alega que não existe qualquer tipo de fraude, argumentando que mesmo sendo mulher e negra, Zilda não recebeu recursos do “fundão” para fazer campanha para “regra eleitoral das cotas”.
A candidata é agricultora mora na zona rural de Vilhena e teve um desempenho, segundo Orando, compatível com sua condição financeira. O dirigente confirma que o PV “caminhou sozinho”, mas nega o suposto apoio a Raquel Donadon.
Contas já começam a ser feitas para tentar prever quem “herdará” as vagas que surgirão em virtude dos novos cálculos para definir o quociente eleitoral pós-anulações: caso o jovem Gabriel Graebin, do PRD, perca o mandato, entra o carteiro José Carlos Silvério, do MDB.
Se cair a votação da federação PT-PV-PC do B, é provável que o Podemos perca um vereador eleito, e que a vaga resultante da nova formatação fique com a candidata do União Brasil, Oziane Germiniano.
Fonte: Folha do Sul Online