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Bombeiros de Vilhena capturam cobra Surucucu Pico de Jaca próximo da UNIR em Vilhena

Mesmo podendo chegar a mais de 3 metros de comprimento e habitando boa parte do Brasil, a surucucu consegue se esconder muito bem do homem

Na noite de quarta-feira, 14 de Fevereiro, a equipe do Corpo de Bombeiros Militares foi acionada para capturar uma cobra que estava próximo da faculdade UNIR, em Vilhena/RO.

O chamado foi recebido durante a noite e a informação seria de que uma cobra jibóia estaria no local, momento em que o atendente do 193 então pediu para que o solicitante enviasse uma foto no número da corporação.

Quando ele recebeu a foto, de pronto constatou que se tratava na verdade da cobra Surucucu Pico de Jaca, que é uma cobra extremamente venenosa.

A cobra foi capturada e após passar por exames por parte da SEMMA, será devolvida ao seu habitat natural, que é em área de mata longe da cidade.

Surucucu Pico de Jaca é perigosa e pode ser fatal:

Coisas belas podem ser bastante perigosas. A surucucu ou surucucu-pico-de-jaca (Lachesis muta) é um ótimo exemplo disso. Ela é bastante conhecida por dois motivos: sua grande beleza, já que possui cor alaranjada contrastando com as manchas escuras ao longo de seu dorso; e por ser a maior serpente peçonhenta das Américas e a segunda maior do mundo, atrás apenas da cobra-rei (Ophiophagus hannah).

A surucucu pode alcançar mais de 3 metros de comprimento e tem, no final de sua cauda, escamas arrepiadas. As escamas de seu corpo são semelhantes à casca de uma jaca – daí o nome popular da espécie. Ela é a única serpente do gênero Lachesis presente no Brasil, e pode ser encontrada em grande parte da Amazônia, nos estados do Amapá, Amazonas, Acre, Pará, Rondônia, Roraima e Mato Grosso; e na zona norte da Mata Atlântica, entre os estados do Ceará e o Rio de Janeiro.

Assim como a urutu, a surucucu alimenta-se exclusivamente de mamíferos, em geral pequenos e médios roedores, como ratos, camundongos, pacas e cotias – animais compatíveis ao seu peso e tamanho. Ela tem hábitos terrícolas, noturnos e, quando se sente ameaçada, vibra sua cauda escamosa junto às folhas, produzindo um alerta sonoro para afugentar possíveis agressores.

Essa é a única espécie ovípara de viperídeo do Brasil. As fêmeas de surucucu depositam seus ovos em buracos de troncos caídos, no fundo de raízes emaranhadas ou em tocas feitas no solo por mamíferos. No momento do nascimento, os filhotes rompem a casca dos ovos utilizando o seu “dente do ovo”, um minúsculo dentículo no lábio que é utilizado para cortar a casca do ovo e logo depois é perdido.

A surucucu prefere regiões úmidas e com pouca presença humana, o que resulta em um baixo número de encontros e, como consequência, de picadas em pessoas. Por esse motivo, menos de 2% dos acidentes ofídicos registrados recentemente no Brasil foram causados pela espécie.

O azarado que se deparar com uma surucucu e levar uma mordida vai sofrer com a grande potência do seu veneno, que tem ação citotóxica, coagulante, hemorrágica e neurotóxica. Ele provoca reações similares às causadas pelo veneno das jararacas, como inchaço, dor local, necrose, problemas de coagulação, hipotensão, além de diarreia e diminuição do ritmo cardíaco, podendo levar ao choque e, em casos graves, até mesmo ao óbito. A única forma de tratamento contra a picada de surucucu é o soro antibotrópico-laquético, produzido pelo Instituto Butantan.

SURUCUCU  

EspécieLachesis muta, da ordem Squamata, da família Viperidae e do gênero Lachesis

Onde habita: áreas de mata fechada e úmidas da Amazônia, nos estados do Amapá, Amazonas, Acre, Pará, Rondônia, Roraima e Mato Grosso, e Mata Atlântica, entre os estados do Ceará e o Rio de Janeiro

Características físicas: pode atingir mais de 3 metros de comprimento; possui corpo de tom alaranjado, bege ou amarronzado com manchas escuras, escamas corporais semelhantes à casca de uma jaca e uma cauda com escamas arrepiadas

Alimentação: é carnívora e se alimenta exclusivamente de pequenos mamíferos em toda a sua vida.

Redação

Rota Policial News/ Instituto Butantan

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