Até quando? Fazenda invadida pela LCP teve currais destruídos e animais mortos. Polícia é tratada de forma violenta
Marginais da LCP atiraram pedras nas viaturas, destruíram pontes e armaram armadilhas nas estradas
Imagens realizadas pela reportagem do jornal Rota Policial News, com a autorização da Polícia Militar (PM), nesta segunda-feira, 10 de Maio, mostram o estrago causado pela Liga dos Camponeses Pobres (LCP) na Fazenda Nossa Senhora Aparecida, invadida em Março de 2.020, emChupinguaia/RO, a cerca de 144 quilômetros de Vilhena/RO e a cerca de 660 quilômetros da capital Porto Velho/RO.
Durante o período de ocupação, os invasores incendiaram depósitos e currais da fazenda, destruíram maquinários, ração e sal do gado. Mataram outros animais por pura maldade e alvejaram dois bois, os quais sofrem até a morte em meio ao pasto.
Cerca de 76 bovinos foram mortos ou desapareceram até o momento, gerando um prejuízo de R$ 300 mil só em gado, sem contabilizar a destruição causada pelos guerrilheiros da LCP.
Os invasores de terra produtiva estão forçando a barra e instalando o medo e o terror na área rural de Chupinguaia, na porção sul de Rondônia, onde o grupo criminoso ligado a LCP, organização extremada e que prega discurso de violência e ódio contra pessoas e instituições, vem tocando o terror na fazenda Nossa Senhora Aparecida e incendiaram locais, queimaram casa de funcionários e mataram animais.
Esta é a tática utilizada em todas as invasões comandadas pelos membros da Liga dos Camponeses Pobres (LCP) que nada mais é, do que uma facção criminosa que busca uma “revolução”, indo contra o Estado, contra a Justiça e contra à Paz no país.
A reportagem acompanhou a Patrulha Rural desta segunda-feira, 10 de Maio, sendo visto de perto as ações de terror provocadas pelos faccionados da Liga dos Camponeses pobres (LCP).
Ao verem a aproximação policial, os invasores já partiram para cima da Polícia Militar arremessando pedras e gritando palavras de ódio, ameaçando policiais. Em todas as vezes, a polícia recuou para evitar um confronto com os invasores.
Mesmo com a polícia recuando, os membros da LCP partiam para cima dos policiais e outros olheiros ficavam escondidos na mata. Eles usavam mulheres como escudo de proteção humana.
Ao lado do grupo que tentava criar um conflito com a PM, um dos invasores de posse de uma câmera filmava a ação, aguardando algum tipo de embate policial; o que não houve, devido ao profissionalismo da PM/RO.
Moradores das casas ainda não invadidas relataram que na noite de domingo para segunda-feira, os invasores da LCP chegaram próximo da sede da fazenda e tentaram causar caos, arremessando pedras, danificando viaturas da Polícia Militar com pedradas.
“Foi assustador; tem sido assustador. Eles vieram bem próximo aqui e jogaram pedras nas viaturas da polícia, já jogaram em outras vezes até coquetéis molotov. Eles soltavam fogos de artifício. Eu e minha esposa ficamos abaixados na sala com muito medo. Os outros moradores já foram emborada daqui por medo deles. Decidi ficar para ajudar a polícia fazendo o alimento,” disse um dos únicos moradores da fazenda.
A todo o momento, os membros da LCP estouravam fogos de artíficio dentro da mata e arremessavam pedras e objetos contra a polícia.
De forma hostil e usando táticas de guerrilha, os invasores da LCP (Liga dos Camponeses Pobres) usaram crianças e mulheres como escudos humanos e partiram em direção aos policiais.
Cobrindo o rosto com camisetas e armados com facas, foices e facões, o grupo composto por homens, mulheres e até crianças, ameaçaram os militares e os chamavam para “ir no braço”, xingavam e ameaçavam a polícia. Para evitar um verdadeiro derramamento de sangue, os Policiais Militares decidiram recuar a cada aproximação da LCP.
Desde que as operações de Patrulhamento Rural começaram nesta área, os membros da LCP fizeram ameaças caso à Polícia Militar continuasse o patrulhamento e até hoje, mesmo com a presença da imprensa, continuaram a fazer ameaças e gritavam que estão preparados para um ataque. Eles inclusive chamaram a imprensa de “Baba-ovos”.
Os posseiros distribuem tábuas com pregos em pontos estratégicos do caminho de acesso ao assentamento e serram os troncos de sustentação das pontes para impedir a passagem dos comboios policiais.
Local está em Perigo Iminente!
A cada dia que se passa, sem a chegada da Força Nacional que já foi solicitada para intervir, e sem as medidas do Ministério Público serem determinadas, a situação fica mais difícil e tensa, com os invasores ganhando área, invadindo cada vez mais as regiões da fazenda e se aproximando da sede, onde estão policiais militares e pelo menos duas famílias.
Tal inércia da Justiça poderá resultar em um verdadeiro massacre na localidade, uma vez que os faccionados da Liga dos Camponeses Pobres (LCP) estão determinados a matar e a atacar policiais e moradores da região.
Prejuízos crescem
O prejuízo já causado é imenso não apenas para o fazendeiro, mas também, para os pequenos agricultores que estão ilhados, uma vez que pontes foram destruídas, serradas e queimadas pelos invasores.
Não existe a possibilidade de escoar os produtos alimentícios como soja, leite, queijo, frutas e legumes devido as ações da LCP. Nem mesmo o gado pode ser retirado. Sem contar no medo dos agricultores da região que sofrem ameaças do grupo armado da LCP.
Os membros da LCP vem cortando as cercas e soltando o gado nas ruas, alvejando e ferindo com faca outros bois, praticando crimes ambientais. A área onde os infratores se esconde é inclusive a área de reserva legal e uma APP (Área de Preservação Permanente), onde estes tem praticado a derrubada de árvores e gerando mais danos e crimes ambientais.
Além disso, o Estado também acaba sendo prejudicado, na questão do empenho de medidas na região, bem como, o uso de policiais militares na localidade que com isso, deixam de atuar na cidade, no combate a violência de Vilhena e na região do Cone Sul.
Kiko Campo Grande, proprietário da Fazenda Nossa Senhora Aparecida destruída pelos invasores da LCP, relatou que a fazenda era modelo de produtividade, com 1.500 hectares de lavouras e 4 mil cabeças de gado”. E contou o que sentiu: “voltei para casa triste, ao ver o que fizeram naquela propriedade”.
Reintegração de Posse foi suspensa em 2.020 pela Justiça
Vale ressaltar que em 20 setembro de 2020 houve a autorização judicial para reintegração de posse da fazenda e no dia 28 a Polícia Militar estava pronta para apoiar a ação do Oficial de Justiça, mas o pedido judicial foi suspenso e permanece nesta condição.
O Governo do Estado de Rondônia afirmou que aguarda o respaldo judiciário, pois a reintegração é feita por Oficial de Justiça, que solicita apoio de policiais, para que a ação seja feita com efetivo suficiente para agir com o máximo de segurança possível.
Vale ressaltar que a Polícia Militar não realiza reintegração de posse, mas sim, auxília na segurança para que a ordem seja cumprida. A realização de reintegração de posse é presidida por Oficial de Justiça. O que no caso da fazenda Nossa Senhora Aparecida ainda não ocorreu.
Moradores acreditam que invasores não sairão de forma pacífica
O Rota Policial News conversou com moradores de Chupinguaia/RO e da região invadida e estes afirmam que é praticamente impossível os posseiros da Liga dos Camponeses Pobres (LCP) saírem do local de forma pacífica, mesmo que, haja decisão judicial para tal.
“O clima aqui é pesado. Eles (LCP) falam em matar e em promover massacre. Eles ameaçam a todos nós. Eles também não queriam a polícia aqui. Vivemos amedrontados e parece até que a qualquer momento pode ter uma guerra. Ao que tudo indica e os membros da LCP já deixaram espalhados no ar é de que eles querem um confronto agrário com a Polícia”, disse um agricultor que não quis ser identificado.
Outro morador diz que o clima piorou:
” O clima piorou muito nestes últimos dias. Eles já sabem que a Força nacional pode vir e querem agir contra a Polícia Militar o quanto antes. Eles invadiram pra matar ou morrer, não estão nem aí para idosos, crianças ou mulheres. São piores que animais. Eles tem ‘sangue nos olhos’, querem mesmo é guerra e confronto. O clima tá horrível, vivemos com medo, não podemos escoar nossos produtos e ainda, podemos ser mortos. Tenho medo de passar pela estrada perto da fazenda e sou obrigado a passar por ali, mas dá muito medo. Tem pregos nos chãos pregados em madeira, um terror,” disse um sitiante.
A reportagem acompanhou de perto a tensão e o clima do local nesta segunda-feira. O medo tomou conta até das equipes jornalísticas ao presenciarem as tentativas de ataque da LCP.
Ressaltamos que nenhum dos membros da LCP ou representantes do movimento quiseram falaram com a imprensa ou deram oportunidade para tal. Porém, o espaço fica aberto para que os invasores deêm suas declarações a sociedade de bem.
Tony Rota / Claudemir Sabino
Rota Policial News