Acusado de planejar explosão de caminhão-tanque em Brasília é preso no MT e será levado para Vilhena
Homem será transferido para Vilhena, onde um avião da PF virá buscá-lo, para conduzi-lo para Brasília
O extremista Alan Diego dos Santos Rodrigues, suspeito de envolvimento no ato terrorista que tinha como plano explodir uma bomba em um caminhão-tanque, numa área próxima ao Aeroporto Internacional de Brasília, se entregou à polícia na terça-feira, 17 de Janeiro, na delegacia de Comodoro (a 644 km de Cuiabá).
O Supremo Tribunal Federal (STF) e a Polícia Civil do Distrito Federal já foram notificados. Segundo o delegado, ele se apresentou às autoridades após negociação envolvendo familiares e a Polícia Civil.
Alan será encaminhado para Polícia Federal da cidade de Vilhena/RO e de lá, será transferido para Brasília em um avião da Polícia Federal (PF).
Alan era procurado desde dezembro. George Washington Souza, 54, preso em 24 de dezembro como suspeito de arquitetar o plano terrorista, relatou em depoimento à polícia que Alan seria seu auxiliar.
Washington foi ao acampamento bolsonarista no QG do Exército na sexta-feira, 23 de Dezembro, e deixou o artefato “já preparado” com Alan.
O explosivo foi instalado em um caminhão de combustível carregado com 60 mil litros de querosene de aviação.
“Eu entreguei o artefato a Alan e insisti que ele instalasse em um poste de energia para interromper o fornecimento de eletricidade, não concordei com a ideia de explodir no estacionamento do aeroporto. Porém, eu soube pela TV que a polícia tinha apreendido uma bomba no aeroporto e que o Alan não tinha seguido o plano original”, disse Washington em seu depoimento à época.
No último domingo (15), o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios apresentou denúncia contra Alan, Washington e outro suspeito.
Eles foram denunciados por “expor a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem, mediante explosão, arremesso ou simples colocação de engenho de dinamite ou de substância de efeitos análogos”.
Rodrigues trabalhou por cerca de ano como taxista em Comodoro, mas não aparece no ponto de táxi há 8 meses, relata o colunista Chico Alves, do UOL. Um amigo do suspeito disse à coluna que Alan “não tem dinheiro nem pra comprar um revólver”.
“Ele era Bolsonaro, mas não lembro que tenha feito nenhum comentário mais agressivo antes. Usaram ele”. Alan foi candidato a vereador em 2018 pelo PSD, porém não conseguiu se eleger.
Fonte: Gazeta Digital