Policial

Criança de 10 anos estuprada por pastor em MT usava R$ 10 que recebia para comprar balinhas e salgadinhos

A delegada concluiu o inquérito policial na segunda-feira e encaminhou o caso ao Ministério Público

A criança de 10 anos que era estuprada pelo líder religioso Idamil Fidelis Pereira, 55 anos, usava o dinheiro recebido pelo pastor para comprar doces e salgadinhos. O pastor e a mãe da vítima foram presos no dia 06 de outubro, em Cáceres, cidade de Mato Grosso a 225 km de Cuiabá.

Durante as investigações, segundo a delegada Paula Gomes Araújo, foram ouvidas diversas testemunhas, que confirmaram terem visto a criança indo até a casa do pastor, onde ocorriam os abusos. Além disso, também viram a vítima recebendo pequenas quantias em dinheiro do líder religioso.

As testemunhas ouvidas no inquérito também informaram que a criança ia em um estabelecimento próximo à casa do religioso para comprar doces, chicletes e salgadinhos.

A delegada concluiu o inquérito policial na segunda-feira, 16, e encaminhou o caso ao Ministério Público Estadual (MPMT). Ela fez o indiciamento de Idamil por estupro de vulnerável e por armazenar conteúdo pornográfico envolvendo a vítima.

A mãe da menor também foi indiciada por omissão diante dos abusos e também responderá pelo crime de estupro de vulnerável.

“Quanto a mãe da criança, que também está presa, ela foi indiciada pelo crime de estupro de vulnerável, na forma omissiva, pois tinha o dever legal de proteção e vigilância; ela sabia, sim, que a criança estava frequentando a casa do pastor e até trocava mensagens com o evangélico”, ressalta a delegada.

PRISÕES

Idamil Fidelis foi preso em flagrante quando uma vizinha estranhou a frequência com que a menina o visitava e acionou a Polícia Militar.

O criminoso violentou a menina diversas vezes, com o consentimento da mãe dela, que recebia pagamentos de até R$ 10.

Antes que os agentes chegassem, a testemunha gravou um vídeo onde o criminoso aparece arrumando as calças ao deixar a casa.

A delegada Paula Araújo explicou que a vítima foi atraída pelo indiciado por meio de mensagens via aplicativo WhatsApp à casa do pastor.

Diversos elementos probatórios reunidos pela Delegacia Especializada de Defesa da Mulher, Criança e Idoso de Cáceres comprovam a autoria dos crimes, inclusive, a extração de dados dos aparelhos celulares apreendidos que mostraram as conversas mantidas entre o autor do crime, a mãe da criança e a vítima.

Fonte: Folha do Sul Online

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