Moto é apreendida e versões diferentes passam a ser investigadas pela Polícia Civil
Denuncia de falso pix seria falsa. Envolvidos devem discutir na justiça e esclarecer os fatos
A Polícia Militar apreendeu a motocicleta Honda CG Titan de cor preta envolvida em uma ocorrência de estelionato, na qual, um dos envolvidos chegou a procurar à imprensa para relatar um suposto caso do golpe “Pix Agendado”. Veja
A Polícia Militar recebeu um chamado por parte de L. R, de 20 anos, o qual relatou ter sido vítima de um golpe através do Pix.
Segundo L. R ele havia vendido a motocicleta para J. H, de 24 anos, e que a entregou em frente da Caixa Econômica Federal por volta das 16h30.
Segundo ele, pouco tempo depois verificou que o valor não foi creditado e que por isso, acreditava ter sido vítima de um golpe.
Policiais Militares então encontram a motocicleta em frente a uma loja de ferragens e ao se aproximarem fizeram contato com J. H.
Ao ser questionado sobre os fatos, J. H disse que havia comprado a motocicleta no dia anterior e efetuado o pagamento via PIX.
Segundo ele, foi transferido o valor de R$ 1800,00 com parte do pagamento e outros R$ 1000,00 teria sido transferido via depósito bancário em uma Lotérica em nome de L de O.S, conforme combinado entre as partes e que inclusive tem áudios referentes às transações.
A motocicleta foi apreendida e o jovem levado para Polícia Civil, onde também foi solicitado a presença de L. R para esclarecimentos ao delegado.
A ocorrência registrada na UNISP quanto ao caso trata-se do registro de apresentação de veículo, cuja propriedade é reivindicada por duas
pessoas, um deles afirma ter sido vítima de um golpe e que eria combinado a venda e o
pagamento deveria ter sido feito via transferência bancária, que não teria ocorrido e o outro que a adquiriu de terceiro e teria pago, também, via transferência bancária.
A reportagem do jornal Rota Policial News constatou ainda que a motocicleta está registrada em nome de uma terceira pessoa, com o recibo preenchido, assinado e reconhecido firma em nome de uma quarta pessoa, estes dois últimos, não apresentados na delegacia.
Diante de tantas divergências quanto aos fatos e por não ser possível identificar a real propriedade da moto, a mesa ficou apreendida e o inquérito policial foi instaurado para apurar todo o caso.
O outro lado da história:
Entrou em contato com o jornal Rota Policial News o jovem J. H que relatou os seguintes fatos, também narrados por ele à Polícia Civil:
Que viu a postagem da venda da motocicleta em questão no Facebook pelo valor de R$ 3100,00 e que fez contato com o anunciante que lhe passou um número de celular e WhatsApp e que lá ofereceu o valor de R$2800,00 à vista e assim fecharam negócio.
Contudo, no dia da entrega da moto o anunciante teria dito que estava trabalhando e que mandaria ao local um primo e que deveriam se encontrar em frente à Caixa Econômica Federal e lá apareceu L. R.
J. H então teria dito para L. R que faria uma transferência via PIX de R$ 1800,00 e outros R$1000,00 via depósito bancário na Lotérica da cidade.
L. R teria aceitado tais transações e dado o nome e a conta de L de O. S para tais transações, todas feitas na frente do próprio L. R.
Após tais fatos, L. R teria lhe entregue os documentos da motocicleta e tal moto moto combinado de realizar a transferência no dia seguinte, porém, foi abordado pela PM logo no outro dia.
J. H entende que foi prejudicado e que foi exposto negativamente por L. R que o caluniou sobre tais fatos e que por isso, apresentou sua versão à Polícia Civil e que pretende representar criminalmente L. R.
J. H afirma que jamais iria dar golpe em alguém, que ao longo de sua vida foi e é uma pessoa idônea e responsável e que repudia quem comete crimes ou infrações.
A reportagem abre espaço para todas as partes envolvidas e a própria Polícia Civil quanto as investigações sobre os fatos, que na verdade trata-se de um desacordo comercial.
Tony Rota/ Claudemir Sabino
Rota Policial News