Policial

PC conclui 02 inquéritos de crime em Chupinguaia, um deles havia resultado em morte

Mulher insultada em bar, diante do marido, reagiu com facada

Dois casos que aconteceram em Chupinguaia, em 2014 e 2019, respectivamente, tiveram seus inquéritos concluídos e foram apresentados para a imprensa pela Delegacia de Homicídios de Vilhena, comandada pelo delegado Núbio Lopes de Oliveira. A coletiva aconteceu na manhã da quinta-feira, 27.

O primeiro caso concluído se referia a uma tentativa de homicídio que aconteceu em 5 de janeiro de 2014 (lembre aqui).

O caso começou quando um casal parou em um bar para tomar cerveja. Silvaney Lima Rodrigues, que já estava no local, se ofereceu para pagar uma bebida para o homem, mas, recebeu um “não” como resposta.

Ao não aceitar a negativa, Silvaney chamou o homem de corno. O termo ofendeu a esposa, que questionou o motivo de o desconhecido ter chamado seu esposo assim.

Durante a discussão, ela foi chamada de vagabunda e também levou um tapa na bunda, que foi dado por Silnaney, que estava embriagado.

Diante da situação, ela pegou uma faca que estava no bar e golpeou a vítima, que tinha 30 anos na época, mesma idade da mulher que o atingiu com a faca. Houve risco de a vítima morrer, as lesões foram graves, e a polícia entendeu que foi o caso motivado por violenta emoção.

“Ela foi xingada de vagabunda, por um estranho, dentro de um bar, acompanhada do marido, e ainda teria sido tocada. É uma forma grave de ofensa. Significa que, se é com violenta emoção; nós estamos tratando, depois de uma provocação injusta da própria vítima, nós estamos falando de um homicídio privilegiado, só aí já é caso de diminuição de pena”, explicou o delegado.

Como a vítima não faleceu, o caso passou a ser uma tentativa de homicídio privilegiada. Vale ressaltar que a faca usada no crime não estava com a autora do golpe – a arma já estava no local onde o crime aconteceu.

O outro caso trata de um homicídio qualificado, seguido de uma tentativa de homicídio simples, registrado em 24 de novembro de 2019, no Assentamento Maranatá, área rural de Chupinguaia.

Uma família estava reunida em um bar quando um homem, conhecido como “Pretinho”, chegou ao local. Ele, que é autor dos crimes, procurou a Delegacia de Polícia Civil cinco dias após o ocorrido para relatar que o caso aconteceu após a primeira vítima discutir com ele por causa da mesa de bilhar, e por isso usou um canivete para se defender, e saiu do bar logo em seguida, sem imaginar que o homem golpeado iria falecer. Mas, a versão de testemunhas mostrou outro lado da história.

O suspeito teria criado uma situação no local com Valmir Alves, conhecido como “Cacau”, que tinha 36 anos. Valmir estaria sentado na mesa e ninguém estava jogando, mas, Pretinho disse para Valmir sair de cima, mesmo que ele não fosse jogar. Assim, iniciou-se uma confusão.

Uma testemunha se colocou entre os dois homens para evitar uma briga e conversou com eles para acalmá-los. Pretinho e Valmir disseram que não estavam tendo problema, e que estava tudo resolvido.

Porém, ao achar que estava tudo certo, Valmir foi surpreendido quando seu algoz desviou da testemunha e o atingiu com uma canivetada no peito. Ele ainda foi levado ao hospital, mas, faleceu no caminho (veja aqui).

Logo após golpear Valmir, o suspeito tentou correr, mas, tropeçou e caiu. Outro homem que estava ali, Aldo Beltrão de Matos, tentou segurar Pretinho, que tinha deixado a arma branca cair.

Mas, o autor do homicídio empurrou Aldo para perto de onde caiu a arma branca.Foi quando uma testemunha gritou para a segunda vítima que o investigado iria lhe furar.

O alerta fez com que a segunda vítima conseguisse se afastar o suficiente, ao ponto de o golpe não se tornar fatal.

Em seguida, o autor dos crimes fugiu do local e só se apresentou acompanhado de um advogado (AQUI). Atualmente, ele está detido.

Fonte: Folha do Sul

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