Criança de 5 anos é esfaqueada e morta no caminho da escola, acusado estava “endemoniado”
Homem surtado teria executado garotinha
Uma menina de 5 anos foi assassinada a facadas, na manhã desta quarta-feira, 30 de Outubro, em frente a uma escola de Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte.
De acordo com informações preliminares da Polícia Militar, o crime foi cometido por um homem durante um surto na rua Perdões, no bairro Vila Cristina.
Antes de ser preso, o suspeito, que tem 25 anos, chegou a ser linchado por pessoas que presenciaram o crime e, por isso, foi levado à UPA Teresópolis.
O homem teria dito que tinha um ‘pacto com demônio’ e vozes disseram que ele ‘deveria matar uma criança hoje’. Ele era monitorado por tornozeleira eletrônica, egresso do sistema prisional.
Brenda Souza de Andrade, 23 anos, era cuidadora de Yeda Peres, a garotinha assassinada e, no momento do crime, levava a criança e seu irmão também pequeno para a escola.
À reportagem, ela contou que só percebeu a aproximação do homem em suas costas quando viu a menina caída no chão.
“Eu arrumei ela e o irmão para vir para escola. Quando atravessei a esquina (da rua Perdões), ela caiu. Eu olhei para o lado, perguntei ‘por que você caiu?’, e o irmão dela começou a gritar chorando. Eu olhei para trás e vi o homem com a faca, branco, que nem de açougue. Eu peguei ela, segurei ela no chão, parece que ele só queria ela. Ele só dava facada e risada, facada e risada”.
Segundo a jovem, frequentadores de um bar próximo ao lugar onde a menina foi esfaqueada não tentaram ajudá-la.
Ela só conseguiu socorro com professoras do Colégio Neuza Duarte. O irmão da criança conseguiu correr, a pedido da cuidadora, e se esconder do suspeito.
“O irmão não foi atingido, mandei ele correr, ele ficou gritando, muito desesperado”, conta. Há também relatos preliminares de o homem ter tentado agredir ainda outras crianças na porta da escola.
Ainda com as mãos sujas de sangue, Brenda falou sobre a tragédia. “Eu estava trazendo ela para escola, nem passava pela minha cabeça isso. Tô com a minha consciência pesada, não sei nem o que falo para a mãe dela. A bichinha estava tão alegrinha, tinha acabado de arrumar ela para vir para a escola”, desabafa.
Fonte: ESTADO DE MINAS