Política

DESESPERO E HIPOCRISIA: PT entra no TSE com pedido de inelegibilidade de Bolsonaro

Jair Bolsonaro e Fernando Haddad disputam o segundo turno da eleição presidencial.

PT protocolou nesta quinta-feira uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pedindo a inelegibilidade do candidato do PSLJair Bolsonaro, entre outras medidas, em função do suposto esquema de propagação de notícias falsas contra o partido pago por empresários.

Os advogados do PT alegam que houve abuso do poder econômico e uso indevido dois meios de comunicação digital (WhatsApp) por parte da campanha de Bolsonaro.

Segundo o jornal Folha de S. Paulo, empresários pagavaram pelo impulsionamento em massa de mensagens contra o PT e preparavam uma grande operação para a reta final do segundo turno. Bolsonaro, por meio das redes sociais, negou.

Na Aije protocolada hoje, o PT pede ainda que sejam feitas buscas na sede da empresa Havan, citada na reportagem, e na residência de seu proprietário, o empresário Luciano Hang, apoiador de Bolsonaro. Caso Hang se recuse a apresentar documentação contábil que possuam relação com empresas de comunicação digital. Caso contrário, o PT solicita a prisão do empresário.

O documento lembra que Hang já foi condenado pela Justiça Eleitoral por impulsionar de forma ilegal conteúdos de apoio a Bolsonaro e é investigado pela Justiça do Trabalho sob suspeita de coação de funcionários.

“O representado Luciano Hang, que já foi alvo de ação judicial na Justiça do Trabalho justamente por estar coagindo os seus funcionários por razões eleitorais, contando com decisão liminar de grave impacto, volta a ter seu nome envolvido em apoios indevidos a Jair Bolsonaro”, diz a Aije.

A ação requer a quebra dos sigilos bancário, telefônico e telemático de Hang e outras quatro empresas citadas na reportagem como autoras dos serviços pagos contra o PT. Por meio de redes sociais, Hang negou as acusações.

De acordo com o documento, o suposto pagamento de ações contra o PT por empresas (proibidas de fazer doações eleitorais) teve influência no resultado do primeiro turno beneficiando diretamente a candidatura de Bolsonaro.

“Há flagrante prova da tendenciosa intenção de beneficiar o candidato Jair Bolsonaro. Pretende-se, assim, coibir abuso de poder econômico capaz de causar desequilíbrio das eleições, decorrente da prática supracitada”, diz o texto.

E as fake news do PT no WhatsApp?

Ao transferir responsabilidade para Bolsonaro sobre as mensagens contra ele, Haddad também está assumindo culpa pelas fake news contra o adversário

Se por um lado, Haddad e a cúpula do PT acusam Bolsonaro, a sociedade gostaria de saber, como ficaram as postagens Fake News feitas pelo PT e seus adeptos nas mais variadas redes sociais?

Você já deve ter recebido uma mensagem no celular dizendo que Jair Bolsonaro é contra os nordestinos. São dezenas de memes, frases, montagens de fotos. Aos desaviados: é fake news. Em português claro: notícia falsa, mentira, farsa. Uma das centenas fabricadas durante a campanha eleitoral contra Bolsonaro, Fernando Haddad e outros candidatos.

A despeito disso, a Folha de S. Paulo fez um escarcéu hoje contra o candidato do PSL. Está estampado na manchete: “Empresas bancam disparo de mensagens anti-PT nas redes”. Imediatamente, Haddad foi ao Twitter e escreveu que Bolsonaro “criou uma organização criminosa de empresários que, mediante caixa 2, está espalhando via WhatsApp mensagens mentirosas”. E, por isso, ele vai pedir providências para a Justiça Eleitoral e Federal “para que estes empresários sejam imediatamente presos para parar com essas mensagens de WhatsApp”.

O texto da Folha deixa claro: “Empresas estão comprando pacotes de disparos em massa de mensagens contra o PT no WhatsApp e preparam uma grande operação na semana anterior ao segundo turno”. O empresário acusado negou que tenha feito isso, mas, mesmo que seja verdade o que foi dito, nada foi consumado. Isto é, a tal ação, se viesse a ocorrer, seria apenas na semana que vem.

Mas o que fez Haddad? Tratou de criar um fato político, com o apoio do Departamento de Propaganda do PT na imprensa,  para tentar melar um pleito que caminha para ser o enterro dele e da turma que, como disse Cid Gomes, acha que “o Brasil tem dono”.

Numa campanha marcada pela polarização entre brasileiros e discussões nas redes sociais, atribuir crime a um candidato por mensagens que são enviadas em WhatsApp é no mínimo ridículo. É pavimentar um golpe na democracia.

Fonte: MSN Notícias

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